Alma que pede calma
Saudades... Tempo em que bastava o olhar Estendia-se o colo, o afago. Manhã de céu límpido Contrastando com os dias Encharcados pela chuva. Dias em que a alma grita Nostalgia, desejo contido Verdades jamais ditas A brisa fria e úmida Tocando a pele Parece substituir suas mãos Leves, disponíveis e carinhosas Que no imperceptível toque Traduziam-me paz! Conseguia perceber o Sol Entre as nuvens escuras Entregue ao afago dos cabelos Ternura de um olhar Que exalava o perfume Da Rosa que eras Olhos tão azuis como o céu Que agora vejo Nesta manhã que dispersa a chuva Mesmo de longe Está tão presente! O que antes era dor, perda... Agora é saudade Transfigurada em lágrimas Alegria expressa Sonhos semeados que germinam Ser que me ensinou a Ser Depositando-me a Fé Ensinando-me a esperança Gratificando-me com sua presença Amiga, conselheira Combatente, diferente... Saudades de ti minha Rosa! Tão bela quanta a Vida! Tão terna... Tão minha... Saudades que só existem Quando se tem a alma Embebida no mais puro amor! Saudades do teu colo De tua pele Que nem o passar dos tempos Destruiu-lhe a suavidade... Saudades... |
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer |
Publicado no Recanto das Letras em 18/11/2010 Código do texto: T2622288 |
Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!
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