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Mostrando postagens de setembro, 2011

Para o dia de hoje...

"Devemos fazer tudo pelo amor, mas, enquanto não sabemos fazer somente pelo amor, que façamos por caridade, por dever..."

Quase noite!

Quase noite! Páginas em branco, franco despertar de quem sabe Ser. Gostaria de saber porque insistem em me oferecer tudo, se o que quero é o básico? Quase noite... inquieta está a alma, amordaçada, suspensa e retida por uma história de espera interminável. A luz que hoje resplandecia, o Sol que aquecia... vão para outras paragens, deixando-me a Lua como lembrança iluminada que acalma! Cabeça pesada, olhos turvos, dores que não se explicam, desejos inconclusos e perdas... muitas! Sensação de transbordamento ao escrever... se assim não fosse, explodiria! Quase noite! Quase vida! Nos espaços em que me busco, já não me encontro. Alterações definidas por consequências inevitáveis... é a vida! Mulher de noite... Mulher de dia! Descansa a noite, trabalha ao dia! Quase noite... e tudo como antes... tudo como chance... tudo em um só lance... tudo tão longe de seu alcance!

Amor

Queria dizer-lhe que não sinto tua falta Que encontrei sentido para os pensamentos Que ocupei os espaços que foram deixados por ti Queria dizer-lhe que adormeceram as lembranças Que perdi temporariamente a esperança Que desejo uma só herança Estarei em breve em teus braços Faltam-me os teus abraços Como veneno ingerido lentamente Ando corroendo meus sonhos Legando ao espaço os ideais pretendidos Abrindo vagamente caminhos  Sem nenhum significado ou importância Forçando-me a crer que amar é engano Fugindo de todos os planos Desfazendo-me como um fraco combatido Entregando-me a realidade que me prende Temendo o que a vida surpreende Estacionando os sentimentos que não mentem Esquecendo o que se sente! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Escrever descrevendo-me

Não sei se triste, não sei se insano, nem mesmo se grito de liberdade opressa. O que escrevo denota o que sinto, seja por dor ou alegria, letras se emaranham em harmonia traduzindo o que dificilmente expressaria verbalmente. Alguns, ao mergulharem nas ondas de uma serenidade submersa, percebem-me tranquila. Outros encontram tristeza e, ainda outros parecem descobrir nas palavras à esperança. Afirmo que o que se instala entre todos esses sentimentos é a busca, a transgressão, a crença de renovação. Não há coerência em renovar-se. Perfeição e coerência são falsos estados ocultos pela estagnação. Para ser coerente, também é preciso ter certezas, pensar-se sensato, ter respostas a todas as perguntas, considera-se pronto. Definitivamente ser coerente não é a minha maior virtude. Hoje sou, amanhã... talvez! Hoje penso, amanhã... questiono! Hoje triste, amanhã... festejo! Sigo! Procuro ser no mínimo e, muito pouco mesmo, sincera comigo, permitindo-me todas as contradições e incongruências de

Desaposentar

Recuso-me a aceitar o rótulo! Não sou alma que se prende a passado e muito menos que se presta à estagnação, nasci para servir o mundo e, sigo cumprindo a missão ínfima de semear. Passados os anos de aflição e, certa de que novas tormentas ainda virão, alimento a serenidade que me conduz a paz, senão a desejada, ao menos almejo incertos caminhos de reconstrução sem nenhum receio. Desaposentar é a meta! Condição adversa imposta pelas circunstâncias, o rótulo de sentir-se aposentada aos quarenta e três anos de existência não me serve. Portas fechadas quando não podem ser abertas, precisam ser deixadas para que a vida volte a acontecer. Se é que em algum momento desse caso, sem nenhum acaso do destino, senti o reverso de todos os anseios que tinha, recrio a trajetória com ares de recomeço acreditando em cada porta entreaberta que se dispõe no caminho. Não pode ser um erro médico e a perda parcial de um sentido a estagnação de todas as possibilidades de evolução de um Ser. Compreendo

Renovação

Refazendo-me das tempestades Recomponho-me para que a vida flua Siga  seu curso... Seja o que for, encontro-me mais forte Não poderia me considerar refeita Por vezes, os revezes ainda incomodam Como pedras justapostas Ainda não solidificadas. Peças impostas pela vida... O fato é que jamais serei a mesma Sem lamentos, Recolho as perdas Algumas impensadas, insensatas Mosaico restituído Formas indefinidas Jamais serei a mesma! Assim demanda a evolução Nas dores que dilaceram Na morosidade do tempo Impondo ao Ser paciência, Espera...        Não percebo ainda aonde florescer                                                          Há o que de incerto prevalece Dúvidas que entorpecem No entanto, não paralisam. Mesmo que no caos   Haja a tormenta   A luz acalma , Serenidade acalenta. Sabe-se da vida... Superficial significado Alados transcendem os sonhos Nada é inerte! Inescritas estão as direções... Wanderlúcia Wele

Ensinâncias da vida

Já trilhei caminhos desconhecidos, outros que me impressionavam pela familiaridade. Busquei definir sentimentos, mensurar sensações e qualificar amores. Vivi momentos de solidão, tive pensamentos inimagináveis e, por muitas vezes me permitir transbordar dores através de lágrimas. Fui esteio, porto-seguro, cais... Em momentos específicos que nem mais me reconhecia. Sustentei histórias, elevei pensamentos, roguei por paz. Fui muitas em uma só pessoa, sem nunca perder os atributos que definiram minha personalidade, que demarcaram minha particularidade, que arquivaram o que me era essencial. Hoje, caminho em busca de serenidade. A saudade já não me machuca, não espero muito de ninguém, nem me comprometo com o que não posso. Sentir passou a bastar e, definições não mais me interessam. Sentidos só mesmo aqueles que são possíveis. Não me basto, mas, aprendi a ficar só. Continuo transbordando dores em lágrimas, no entanto, não me permito chorar mais do que o necessário. Quero pouco do muito

Dores e solidões

Percebo que, homens e mulheres buscam afeto, companheirismo, carinho, amizade, mas, colocam o desejo sexual acima do conhecimento de si mesmo e do outro. Não são os homens ou as mulheres que se tornaram insensíveis na modernidade. Na verdade o que se vê são equívocos, palavras que não foram ditas gerando controvérsias, distorcendo o que realmente se deseja, ofuscando o brilho que se tem nos olhos de quem ama. Ambos perderam-se em discussões inúteis de papéis e lugares, uma disputa que acarretou distorções e que transformou o ato sexual mais importante que o respeito mútuo. Buscam, mas temem o amor, porque se criou uma idéia de que quando se ama, perde-se a liberdade.     Muitos se valem do acúmulo de relações que têm para afugentar a solidão que sofrem. Relações essas, tão superficiais quanto ao amor que dizem sentir. Desgastam-se em palavras e atitudes que não preenchem. Usam-se e são usados. Não percebem o quanto se ganha quando há em uma relação uma troca maior do que simp

Renovar-se

Retiro todas as cascas Couraças que já não me servem, Soltando-as, renovo-me. Na reconstrução de um Ser Ainda desconhecido Elaboro novos saberes, Reencontro-me todos os dias com o eterno. Encantam-me as terras que não desbravei E, ainda mais os caminhos que não percorri. Sinto-me pássaro em voo livre, Vislumbrando apenas o que aos olhos brilham. Busca de renovação, sensação de insegurança Que preciso sentir para saber-me viva! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Incômodo

O que é que incomoda? Comprime e faz doer... Saudades de um tempo que não volta? Medo do vir a ser? O que é que me tira o sono? Angústia de quem acreditava e hoje vê... Desejo que não condiz com a realidade? Necessidade de esquecer? Trago no peito todas essas dúvidas. Os olhos transbordam o que me faz sofrer. De incerteza, incógnita se vive... O sensato é não procurar entender... Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Quando voltar a primavera...

O frio instaurado por mais uma estação de inverno é lembrado pelo frescor da manhã que umidifica a pele... Aguarda-se a primavera! De tudo que se espera, pedem-se asas para que a liberdade venha a ser deliberadamente exercida. Não é o muito que se deseja, apenas almeja. As flores que aos poucos começam a enfeitar o jardim denotam a beleza que naturalmente cobrirá a superfície da Terra. São chegados os dias de encanto! Cores, aromas, arranjos naturais que induzem estados de alegria. Quando voltar a primavera, renascerão os anseios de renovação e, a alma, inebriada por tamanha beleza pedirá à vida que possibilite a travessia.  Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Infringir

Dançam sentimentos, sensações  Pensamentos que adormecidos voltam a viver. Internamente se contrapõem razões e desejos. Os desejos quase que determinam a jornada. Mas, ainda presa as amarras do destino imposto. Represa-se em barreiras quase intransponíveis Vontade de viver, aspiração de sentir. Momento em que a vida pede calma Contraditoriamente a alma anseia por liberdade. Reprimi-se o fluir da corrente que ambiciona  Romper a impostora calmaria  Permitindo que a vida se renove. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Enviado por Wanderlúcia Welerson Sott Meyer em 08/09/2011 Código do texto: T3207661

Entrega

Do que posso, Ofereço-te como forma de retribuição o bem que me faz. Aqui jazia um corpo inerte, alma sem vida, vida sem paz! Agora volta a sentir o riso, Sonoro sentimento ecoa internamente A ti confio corpo, alma e pensamento Gratidão de redescobrir-me! No silêncio, palavras não ditas, desejos sinônimos Preservo por ti o que há de melhor em mim Ato de amor sereno! Aclive de maturidade. Se do todo restar-me o nada Ainda assim guardarei lembranças Índole de quem aprende a verter alegria. A ti, aquele a quem confio Fio a pavio Viajarei de navios, Sem nunca estar em alto mar. É do delírio que sentirei da vibração das ondas. A brisa nos cabelos úmidos O sonho que acordado vive Eterno amor que nunca tive! Wanderlúcia Welerson Sott M eyer

Para o dia de hoje!

Hoje, rotina imposta pelas circunstâncias. Amanhã. lições de aprendizado redivivo. Dias onde o cansaço nos visita e que, precisa e pode ser substituído pela esperança.