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Mostrando postagens de 2019

Cotidiano...família

Cotidiano... família Já era tarde, cheguei do grupo de estudos, meus filhos ainda estudavam... os beijei, disse o quanto estava com saudade, o quanto os amava. Um deles, fazia uma produção de texto. Estão se preparando para o PISM E ENEM. Na minha visão de educadora, uma agonia. Começam   aos quinze anos e, três anos depois, têm que definir profissões e caminhos. No caso deles, não têm vida social, pararam a atividade esportiva que faziam e estudam muito. Chega o momento de decidir, as dúvidas surgem e, além dos conflitos normais da idade, absorvem discursos que os estimulam à concorrência e a ideia de que, se não passarem perderão anos de investimentos pessoais. Insisto em afirmar que o conhecimento que se adquire é o que realmente conta. Me sentei ao lado dele, estava chateado. O computador fechou,   pensava haver perdido tudo o que escreveu. Busquei tranquilizá-lo,   certamente o texto foi salvo automaticamente. Desligamos o notebook, religamos e fiquei esperando. Demoro

Caminhos...

Tenho traços demarcados pela história. Vida cumprida, comprida e repleta de memórias. Meio século e quase dois anos de registros. Alguns, fiz questão de esquecer... depositados no inconsciente, permanecem, existiram... mas, já não fazem parte das páginas de vida que insisto em escrever todos os dias. Outros, preexistem e, vagarosamente tomam forma. Amadurecendo, percebo nuances e sentidos. A solidão já não assusta, assunta. As palavras e ideias, antes sem sentidos, traçam caminhos... não os temo, já compreendi que há o inevitável. Aceito e luto... transformo e transformo-me... Assim sigo. Refletindo com generosidade minha face nos espelhos da vida... não mais tão jovem, nem mais tão bela... definitivamente, mais intensa. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

De Ser Mulher...

Me desculpe, “Senhor”! Trago manias de sentir tão antigas quanto à existência da primeira de mulher que habitou a Terra. São manias de servir, intuir, amar, doar e viver por anos no anonimato, permitindo que você pensasse ser o mais forte. Ser coadjuvante exercendo o papel principal, é algo em que me especializei. Permiti que os fatos históricos fossem contados e me dispus a observar, de maneira que vossa senhoria figurasse como o primeiro e mais importante.   Ofereci a impressão de que estava atrás, de que as decisões eram todas suas, de que tu sustentavas o eixo de uma engrenagem que sempre exigia mais do que força física e razão. Pura impressão... Quando resolvi não mais ficar na posição de alguém que espera ser salva, porque na verdade o lenitivo comigo estava. Gritei, lutei, fui para as ruas e, o silêncio do conformismo (na verdade, expresso nas lutas de inúmeras mulheres que construíram a história) foi trocado pelo desejo de igualdade. Era somente isso que desejava. Nunca de