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Mostrando postagens de dezembro, 2008

Solidão velada

Solidão velada  Descobrir-se sozinha quando se pensava amada. Sentir o frio arrepiar o corpo, gelar a alma. Lágrimas que rolam desejos que não tens. Uma tristeza pura e funda Capaz de ofuscar-lhe os olhos. A dor de saber-se triste. A expressão do olhar de quem um dia sonhou amar. Ninguém por perto para oferecer-lhe o ombro. Palavras nada expressam... Há somente o sentimento, A busca do aconchego, a paz. Sonhar com um amor nos cega. Mais vale amar sem sonhos. Cada instante... Seja pouco ou eterno... Momentos de alegria, são só momentos... Passam... Deles... Fica a saudade.  Incomoda, faz sofrer... Impulsionando, redirecionando o desejo. Quando menos se espera, Abre-se o coração a vida.  Ficam as lembranças, Partes solidificadas... Uma necessidade intrínseca de amar!  Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras Código do texto: T1336164

Confissão

Ando conversando comigo como quem quer descobrir-se, ou ao menos entender um turbilhão de sentimentos que residem em mim. Como são muitos e alguns até mesmo incoerentes e absolutamente impraticáveis, procuro seleciona-los... Arquivando alguns, eliminando outros. É um processo moroso que requer solidão, paciência e compaixão. Solidão, para perceber-se, ouvindo até mesmo os compassos do coração que, às vezes, parece saltar do peito, outras quase não se percebem o fluxo. Paciência, para discernir o que é possível, o que é desejável e o que, para ser possível, é preciso romper paradigmas e padrões, abalar estruturas e recomeçar. Compaixão, para perdoar-me os erros e perceber-me como ser humano. Ando descobrindo que levei a sério demais o meu compromisso e responsabilidade com outro, esquecendo-me de mim. Não que doar-se seja ruim, é realmente a minha essência, mas, como é possível amar sem amar-se, traduzir felicidade a alguém, se a mesma não residir em meu coração? Busco caminhos, sem pr