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Mostrando postagens de outubro, 2011

E por falar em saudade...

Pode ser que o vento mude e o sussurrar das palavras proferidas há tempos atrás, retornem como reminiscências e ecoem produzindo no corpo certa sensação já experimentada de prazer. Quando pouco se diz, pouco se vive... Muito se aspira que o reencontro esclareça as dúvidas intercaladas pelas reticências, pelo silêncio. Busca-se em outras histórias a incompletude, atitude desgovernada de reviver histórias inacabadas. Ainda na lembrança o olhar, ocultando sentimentos, palavras e atitudes que nunca aconteceram. Desperdício de vida! Desprezo de Amor, desamparo de sentimentos que nunca tomaram forma. Dúvida permanente que vez ou outra retorna e, nos olhos que anteriormente reluziam, vertem lágrimas segregadas pela saudade, incompreendidas e anônimas a todos que o passado desconhecem. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

O que ninguém vê

Minha alma anda precisando de calma Inquieta por incertezas Incomodada pela morosidade do tempo Inconformada pela dubiedade das palavras Minha alma anda precisando de música Essa que agora ouço Transportando-me para as notas Que soam com o êxtase sentindo Na inserção no paraíso Minha alma anda precisando de amparo Uma só palavra Toda diferença faria Contudo, inevitavelmente O tempo discorre lento Das certezas germinam dúvidas Das palavras só resta o vácuo Do amparo transbordam lágrimas Solidão velada Minha alma entrega-se a silêncio Som que inspira Insinua possibilidades distantes Sinfonia que soa como se vida fosse Se me faltasse significado Inseriria em cada nota a esperança Serenamente rogando calma As dores que me assaltam a alma.

Relacionamento

Cansados de dizer o óbvio, nos tornamos repetitivos, as palavras começam a ecoar somente em nossos próprios ouvidos e, fica enfadonho aquilo que um dia era amor. Não é que se queira muito, normalmente, o que se deseja é o básico, o mínimo. Mas, quando há ausência de diálogo, quando um não é capaz de atenuar ou atender prioridades comuns, a distância vai aumentando de tal forma que se torna barreira intransponível, Não é que se desista instantaneamente, é processo de rompimento longo, envolvendo tentativas inúmeras de reconciliação. Ouvir e ponderar o que o outro deseja, talvez seja nossa maior dificuldade. Nem cogito que o outro sempre tenha razão, pode ser até mesmo que não, mas, que indivíduo não gosta de ver que o companheiro (a), mais próximo e, portanto, imprescindível, levou em consideração suas ponderações e argumentos? O penoso é constatar que as palavras soam como livros mal lidos, nenhuma só vírgula é relevante, nenhuma atitude empreendida e, se a vida é a dois, assim não

Versos e reversos

Confuso silêncio que incomoda. Dúvidas e sentimentos desconexos. Aquela que clamava por liberdade tem por companheira definitiva à solidão. Não é que não a queiram. Acostumada a compreender os revezes da vida, a lidar com a incerteza e a insegurança oferecida, encontra-se como lago límpido e sereno na superfície, ocultando turbulências e dúvidas que turvam as águas profundas. Superficialmente claro e calmo...  Interiormente cansada e, quase descrente dos sentimentos expressos sem nenhuma emoção. Se pudesse, se ainda lhe restasse alguma possibilidade de sentir-se inteiramente amada, acolhida, abrigada, compreendida no que diz respeito às emoções genuinamente femininas que esperam muito do pouco que lhe oferecem... Ah se pudesse! Se de forma inesperada e simples, alguém lhe protegesse os sonhos, restaurando-lhe os essenciais... Pouco resta do sorriso que resplandecia, do encanto das sonoras gargalhadas que se ouvia. Vez ou outra, com os olhos encobertos por lágrimas, espera... Até que s

Pássaro livre

O pardal se banha na areia À sombra da castanheira Fresta de Sol permitida Entre folhas... Não é belo, nem vistoso Não é raro, nem formoso Mas, livre! Voa até a beira do mar Molha-se em água salgada Deixa-se rolar na areia Desmedidamente! Se belo fosse De certo seria engaiolado Se o mais suntuoso canto entoasse Estaria preso Cerceariam seu canto Poucos ouvintes Canto triste! Assim somos quando amamos... Aprisionamos! Rendemos à beleza! Roubamos à liberdade! Wanderlucia Welerson Sott Meyer

Liberdade cerceada

A realidade quando incomoda e não pode ser modificada é tortura velada, prisão sem portas, estrada interrompida. Aceitá-la é imposição que algema, restrição indevida, liberdade cerceada em caminhos impostos pela vida .

Sonhos

Nas noites em que me visitas Em sonhos Desprende-se o espírito Clamando por liberdade Parece que ao amanhecer Partes minhas Dispersam-se no caminho Fluído de vida que se dissipa Permitindo vazios...

Renascendo

Dias a fio procuro caminhos e respostas para questões que demandam paciência e espera. A chuva igualmente aspirada começa a umedecer silenciosamente e gradativamente a terra. A natureza agradece! Contudo, não foi sem que arbustos, árvores e flores padecessem vastos campos fossem tomados pelo fogo e animais desfalecessem pela seca. Há períodos em que a terra árida e o solo seco retiram o viço das plantas, secam fontes, dão vazão à destruição. Resultado da ação impensada do Ser humano em relação ao seu habitat natural ou não, tem épocas onde extremos ocasionam perdas bruscas, danos irreparáveis, morte aparente. Assim como acontece na natureza, atravessamos tempestades ocasionais ou duradouras e, períodos de áridas secas que nos proporcionam violentas dores. “Queimam” ou “inundam” nossas energias, assolam a alma que até sente-se assolada e afligida, mas, que jamais se deixa vencer. Momentos em que o que sobra é o deserto de si e, nos defrontamos com nosso “eu”, aquele que negamos e que,