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Mostrando postagens de maio, 2011

Sentimentos que bailam

Todas as notas que soam de tão suave melodia Envolvem-me o ser. Gostaria de gritar ao mundo segredos  Que de tão meus   Solidificaram... Cada nota, tranquiliza-me a alma  Afirmando verdades que esqueci, Desejos que neguei, Oportunidades que não voltam. Como bailarinas, Esses sentimentos...  Apossam-se dos pensamentos que guardo Dançam livres... Junção de anseios que acalmam e dignificam.   Os pássaros parecem entender a melodia, Com ela, as dúvidas que assaltam a alma. Se de certezas vivêssemos   O que de fato aprenderíamos? A música suave, A flor que desabrocha no jardim, Rosa vermelha, rubra, quase negra Desperta para vida! Com a consciência que mesmo que pouco dure Cumprirá o seu papel Sem lástimas, dores e mágoas Presta-se a beleza! Veio para servir o mundo. A melodia expande e acalma Os pássaros ritmados cantam A rosa simplesmente floresce E o complexo cor

Inspiração perdida

Inspiração perdida Busco a inspiração Parece que mudou temporariamente Poeta que não se inspira, encontra-se travada Estrada de sentimentos obstruída. Assim pareço estar... Sinto-me segura por trancas que me rendem Umas imaginárias, outras tão reais como a própria vida Não há desilusão, não deixei de sonhar... Há algo que me cala Física e energeticamente Muda, momentaneamente, Reviro pensamentos. De tão atordoados, os nego Preciso esquecer! Deixar de ver! Rever... Esperanças, alegrias, lembranças Heranças, amores e perspectivas Todas as dores e lágrimas De um coração de mulher que sente Pressente e clama pela liberdade! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 28/05/2011 Código do texto: T2999814

CERTEZAS DUVIDOSAS

Certezas duvidosas Muitos dias e nenhuma escrita Embotamento interior Fatos submersos que incomodam Dor... Alguma... Muita! Indefinível estado de Ser. Pedem-me calma... Resigna-te! Vende os olhos e esqueça. Ao menos, temporariamente. Rogam-lhe paciência. Muito se pede para a alma opressa Impotência, medo... Dias em que a fé sustenta A palavra cala A voz parece desaparecer. Prisão instituída pelo saber. Tão própria aos que procuram Tanto engano ao desvendar o oculto Sinais que confundem à realidade Fervilham desconexas idéias Não se sabe o tempo! Não cabe o lamento! Necessário ser... Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 27/05/2011 Código do texto: T2996256

Casa da alma

Era uma casa antiga, muito a ser feito. Quintal sem flores, histórias de muitas dores. Espaço edificado e... Quase morto. Semivida. Muito espaço para pouco encanto. Erva, pombos, barro sobre a terra fértil. Amoreira esquecida, pitangueira que, só, geminará... Em frente um jardim.Era para ser um jardim... mas, o que realmente se via eram minguados pés de roseira e nenhum encanto. Toda morada é o retrato da alma que ali reside e, nesta ninguém morava. Tinha a impressão de que quem antes ali morara, parecia não gostar de vida, da vida... Por mais simples que seja uma morada, por mais singela, é o verde, são as flores que determinam o milagre da vida, à essência das pessoas, a alegria que verte do cantar dos pássaros, a alegria de um exultante beija-flor. Flores que podem ser simples, silvestres ou raras, mas, que exalam perfume, florescem aonde são plantadas. Tenho a sensação de estar descrevendo uma das muitas almas humanas que se abandonam. Deixam de florir, de disseminar perfu

Catarse

Que meus dedos consigam digitar o que minha alma já não consegue expressar ando confusa, convulsa, lavas submersas transbordam e esquentam-me a alma. Porque me pedem calma, percebendo-me fortaleza, opressa? Tenho pensamentos que se tornam impermeáveis e, contraditoriamente, sensíveis.   Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 13/05/2011 Código do texto: T2968646

Ser mãe

Nada me proporcionou mais alegria do que ser Mãe. Desejo latente que nutria mesmo antes de me tornar mulher. Só não sabia que me tornaria escrava desse Amor... Que no momento em que suas mãozinhas, instintivamente, segurassem meus dedos, me reteriam para sempre! Há mães que geram, mães que acolhem, pais que são mães, avós que se tornam mães. Em qualquer circunstância... é sempre o amor que fala mais alto. Eu não conheço sentimento maior! Amanheço recebendo beijos e abraços. Sorrisos que se não vêm eu os provoco. Paro de fazer o que quer que seja para ouvi-los e, me agacho para olhar nos olhinhos deles e entender essencialmente o que querem dizer. Prometi a eles que lhes darei colo sempre que quiserem e, perdi a conta dos “Mamãe, eu te amo!” que escuto diariamente. Aos olhos deles sempre estou linda, mesmo que tenha acabado de acordar e, assumo que parei um pouco minha vida para vê-los crescer. Essa sou eu, mas não sou única! Quem carrega o sentimento de amor mat