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Mostrando postagens de novembro, 2010

Fazes-me falta...

Fazes-me falta... Aquela alegria que transborda quando comigo estás, O carinho que transmites com o olhar, O acalento, afeto que nada pede... Amor refletido... Amizade, afeição, ternura. Fazes-me falta... Minha alma pede a sua, amor além da vida, Início de convivência indefinida que tão bem me compete... Nos braços que me acolhem, Nas palavras que me traduzem calma, No toque que me conduz sutilmente a liberdade que anseio. Liberdade onde a coração pede calma... Fazes-me falta... Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 23/11/2010 Código do texto: T2631671

Saudades sem lamento

      Quando você se foi, levou consigo partes de mim que me eram essenciais. Jamais pensei em deixar-te, nem tão pouco me afastar de ti, mas, fomos consumidos pela falta de nos dizer o que sentíamos. Talvez por orgulho ou medo de amar, tenhamos deixado de viver o único amor que realmente tivemos o único bem que realmente importava.      Fugi de ti e de todo as dores que me causavas. Hoje compreendo, que assim, fugindo do que sentia acabei deixando parte de mim dentro de ti. Restou-me o vazio, esses olhos tristes e essa expressão de incompletude, que ninguém entende. Meus olhos, esses sim, expressam claramente tua ausência. Quem os percebe sabe que nunca estão onde me encontro. Como se parte de minha alma estivesse vagando, desvairada, recusando-se a vir morar onde agora me encontro.      Foi em nome do amor que sentia que me deixei à condução insegura de novos caminhos e, acabei me convencendo que seria feliz estando longe de tua vontade. Toda minha alma sempre foi sua. Quando

Silêncio

Quando as palavras não fluem A alma silenciada adormece Espera... Algumas vezes, não é possível dizer Necessário faz-se abrir o coração Esquecer-se no vagar de um tempo Quase interminável... Quando não a nada a dizer Há de se encontrar no silêncio Possíveis respostas... Duvidosos caminhos... A reflexão pede o exílio Não há consolo nas palavras Espera... Do que não se sabe Do que se alimenta Fome que sustenta Há de vir a Ser! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 25/11/2010 Código do texto: T2635753

Saudades

Saudade não tem cor! De tão vaga e vazia é transparente, úmida e antiutópica. Só existe quando dimensões de momentos de sua história, temporais e demarcados, não se perdem na memória. Saudade tem cheiro, gosto... Saudade... Incolor, só pode ser incorporada ao cerrar os olhos, mesmo que em vigília. Translúcida, permite-se vagar... Fatos transcorridos, pouco vividos onde não nos damos conta que a desordem interna impediu-nos a intensidade. Fragmentos... Lamentos... O que poderia ter sido? Reaparece intermitentemente, obstruindo a racionalização do momento que, se vivo, renova-se interiormente a trajetória biográfica em transe. Rapto de fatos e relatos... Heranças, ficções e realidades parodiadas hora pela utopia, hora pela dor. Memórias exiladas! Vêm à tona, invadem e assustam como se a outro pertencessem. Biográfica, histórica e mitológica... Saudade...

Amizades ternas e eternas

Minhas lembranças despertam à medida que sou tocada por almas afins e amigas. O bálsamo que por vezes procuro nas aflições que cotidianamente passo, passamos... Costumo encontrá-lo nas ações de ternos amigos que fazem com que o caminho, mesmo que árduo e pedregoso se transforme em uma vasta paisagem de flores... Assim aprendemos a servir a vida! A observar as dores como necessárias ao amadurecimento, a trilhar seguramente, a encontrar possíveis respostas, a perceber o quanto temos a oferecer a vida! Tudo é passageiro, os momentos de alegria... Os de tristeza... O que não passa é o que retemos na alma, no espírito... O amor, a saudade, as relações afetivas que nos edificam, os momentos de dor que nos transformam, aqueles que inequivocamente não nos querem bem. Quanta energia desprende transbordando sentimentos equivocados, sem nenhum sentido. Se soubéssemos a intensidade e valor de um abraço... Se observássemos melhor o que realmente importa... Creio na vida, nas pessoas! Na e

ENGANOS MODERNOS

Moderna...idade... Já não se ouve o pássaro, não se respira o verde Pessoas que apressadas passam, sem nada ver, tomam seus caminhos Poucos ouviram... Poucos sentiram... Submersos que estavam nos problemas sombrios Pensamentos ocultos, abrigados de si mesmo. Sinto-me um ponto na multidão aturdida Falta-me o calor humano, nem mesmo o Sol aquece a alma. Queixas de solidão, depressão instalada em nome da modernidade! Quando se quer sentir, pouco se dispõe a doar... Olham-se... Nada vêem! Nem dor, nem medo Instintos egoístas sobrepondo-se ao abraço. Ao olhar, ao toque... Coletividade individualizada. Violência aterrorizante, cotidiana, aceita... Discursos humanitários sufocados pelo desejo de Ter Grito da alma! Simples... Complexidade da dor. Ânsia de solidariedade esquecida... Doença instaurada no medo Maiores e populosas cidades... Vigência de solidão instalada no estar sem ser. No buscar sem saber, no querer e perder. Chorar só... Lamentar somente... Sem que per

Moderna...idade...

Moderna...idade... Já não se ouve o pássaro, não se respira o verde Pessoas que apressadas passam, sem nada ver, tomam seus caminhos Poucos ouviram... Poucos sentiram... Submersos que estavam nos problemas sombrios Pensamentos ocultos, abrigados de si mesmo. Sinto-me um ponto na multidão aturdida Falta-me o calor humano, nem mesmo o Sol aquece a alma. Queixas de solidão, depressão instalada em nome da modernidade! Quando se quer sentir, pouco se dispõe a doar... Olham-se... Nada vêem! Nem dor, nem medo Instintos egoístas sobrepondo-se ao abraço. Ao olhar, ao toque... Coletividade individualizada. Violência aterrorizante, cotidiana, aceita... Discursos humanitários sufocados pelo desejo de Ter Grito da alma! Simples... Complexidade da dor. Ânsia de solidariedade esquecida... Doença instaurada no medo Maiores e populosas cidades... Vigência de solidão instalada no estar sem ser. No buscar sem saber, no querer e perder. Chorar só... Lamentar somente... Sem que per

Saudades

Alma que pede calma Saudades... Tempo em que bastava o olhar Estendia-se o colo, o afago. Manhã de céu límpido Contrastando com os dias Encharcados pela chuva. Dias em que a alma grita Nostalgia, desejo contido Verdades jamais ditas A brisa fria e úmida Tocando a pele Parece substituir suas mãos Leves, disponíveis e carinhosas Que no imperceptível toque Traduziam-me paz! Conseguia perceber o Sol Entre as nuvens escuras Entregue ao afago dos cabelos Ternura de um olhar Que exalava o perfume Da Rosa que eras Olhos tão azuis como o céu Que agora vejo Nesta manhã que dispersa a chuva Mesmo de longe Está tão presente! O que antes era dor, perda... Agora é saudade Transfigurada em lágrimas Alegria expressa Sonhos semeados que germinam Ser que me ensinou a Ser Depositando-me a Fé Ensinando-me a esperança Gratificando-me com sua presença Amiga, conselheira Combatente, diferente... Saudades de ti minha Rosa! Tão bela quanta a Vida! Tão terna...

COMPLEXO E MARAVILHOSO CORAÇÃO HUMANO

    Ninguém sabe dizer o que se passa no coração de quem sofre. Assim como o amor, o sofrimento é indescritível, podemos observar, procurar inferir com conceitos e palavras, mas, por ser sentimento, não há como descrevê-lo ou assimilá-lo em sua intensidade e complexidade. No máximo, o que ainda oferecemos é o ombro amigo, o abraço fraterno e a inspiração da esperança através do amor.      Muito que aqui escrevo, apesar de simples, se encontra tão distante de algumas pessoas. Certamente, posso ser utópica, idealista... Mas, assim prefiro ser vista por crer que todos, por maiores as dificuldades que ainda enfrentamos, caminhamos sempre em um processo evolutivo que nos proporcionará à compreensão de nós mesmos e, em conseqüência, a dos inúmeros seres que conosco convivem.      Prefiro ainda ser considerada utópica a crer no “nada”, disseminar tristeza e alimentar a dor, o ódio e a descrença. Ao contrário do que alguns amigos pensam, não sou uma profunda conhecedora da alma huma

Recomeço

Relevo as dores, mas, as reconheço. Sabendo-me existir Sigo caminhos que hora são escolhas Horas são determinados pela vida Posso sentir-me amedrontada Jamais coagida... Há ansiedade Procuro ponderar Brincando com palavras Pensamentos que me perseguem Harmoniosamente as entrelaço Transformando sentimentos Em pura poesia! Não há quem possa subtrair a angústia Sorver o cálice que transborda Inundando-me de vazios Que longamente tento relevar Algo de sonho devolve-me a esperança E sonhar é o que me resta Sustentando-me na expectativa Que hora persigo. Ventos vêm... Misturaram textos, frases e palavras... Suspiram sílabas que reportam Todas as mágoas que ainda existem. É preciso permitir-se à essência Para que a vida se refaça! Como na natureza... Renovando-se continuamente... Edificando-se em busca de Paz! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 12/11/2010 Código do texto: T2611177

Paz

Todos precisam de Paz, sensação absoluta de tranqüilidade, impossível de ser comprada ou encontrada fora de nós mesmos. O aprendizado nos mostra que não adianta sofrer pelo que está por vir, nem lamentar o que o passado nos recorda de termos deixado de fazer. O que é futuro senão nossas ações, pensamentos e atitudes no presente? Se lembrássemos de quanta energia pessoal desperdiçamos buscando a mudança do outro, lamentando perdas inevitáveis e necessárias, permitindo que lágrimas nos ceguem e nos impeçam de vislumbrar a Luz! Nada pode ser feito se a busca do equilíbrio, percebido como um processo moroso que requer paciência e compaixão por nossos desacertos, não for considerada em cada oportunidade de evolução que a vida nos proporciona. Ver na semente a flor, ver na forte chuva à felicidade das plantas, observar e sentir pequenas situações e pessoas aonde o afeto e amor transpira e transfigura-se em pura energia Divina. Seguir os caminhos percebendo-os como escolhas próprias e assumi

Maria

Maria Maria de muitos filhos Maria de muitos netos Maria de muitas dores O tempo, a vida, o sonho Maria franzina, pequena De porte físico frágil Maria de alma nobre Maria que na cozinha estava Que ali nos recebia Legitimamente mineira Maria que nos meus braços de neta Perdia-se... Dos longos e intermináveis causos Das pequenas mãos que me seguravam Quando meus passos se dirigiam para porta... “Ainda é cedo!”, dizia Maria Maria dos olhos de solidão Repletos de passado. Do cafezinho  Que não poderia deixar de ser tomado. Longos anos de lembranças decifrados. Tão pouco aproveitei de seus encantos! Maria de Cristo! No sobrenome e na vida. Dona Maria de encanto! Vovó Maria que nada pedia... Maria que hoje se ausenta Permanecendo mais viva Mais próxima do que antes fora Maria de Virgílio! Maria dos filhos! Maria das memórias! Maria de Deus! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 06/11

EVOLUÇÃO

EVOLUÇÃO A grande maioria das condutas externas que nos surpreendem são raízes relacionadas aos comportamentos que ainda não conseguimos lapidar. Essas raízes não podem ser arrancadas bruscamente, fazem parte de nós. Precisam ser retiradas uma a uma, em cada experiência vivida, em cada reflexão e arrependimento contido, em cada ato de autoperdão. Se extraídas de qualquer maneira ou por alguém, voltam como ervas daninhas sempre mais fortes. Não fazem parte de nós, mas, aí estão e não podem ser negadas sem incômodo. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 05/11/2010 Código do texto: T259801

Que assim seja...

Sei que por vezes fazes-me ver o que não quero. Sei que também, que abrindo-me os olhos, Denota-me responsabilidades. Sei que ainda posso negar o que me revelas. Carregando o pecado de saber e nada dizer Revelações envolvem proporções e sentimentos. Guardo entre o raciocínio e coração A transgressão de saber e ausência de palavras. Quanto lhe pedi caminhos Esqueci de compreender que nem sempre são fáceis Mesmo que conduzidos. Agora já não me cabe questionar o que a de vir Peço-lhe apenas que sustente minha Fé. Que tua vontade e não a minha, seja feita! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 03/11/2010 Código do texto: T2594101

Eleições...democracia...

      Sem nenhuma retórica ou demagogia, gostei muito do resultado da eleição. Não sou partidária, mais me interesso pelo conhecimento do processo político Brasileiro, assim como, não sou feminista, e vibro com cada conquista que o feminino tem alcançado. Já dirigi uma escola, e sei o quanto uma administração é complexa, exigindo da pessoa que exerce o cargo pulso, discernimento, compreensão e competência. Não acredito que nada aconteça por acaso e, até por uma questão de crença religiosa sei que tudo o que ocorre, faz parte de um processo evolutivo de construção íntima e coletiva.      Não importa mesmo quem tenha ganhado a eleição agora, cabe a cada um de nós, não apenas criticar com o intuito de desmerecer, mas conhecer o processo e contribuir para que prevaleça sempre o melhor para todos. Nunca em nenhuma circunstância, por mais bem intencionados que estivermos, agradaremos a todos. Essa dificuldade encontramos até mesmo em nossas relações familiares, pequenos ninhos, que mu