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Mostrando postagens de 2017

O Ser e a dor

Esperança! É o que ainda nos mantém. Carregamos questões e problemas, vivemos atordoados por um mundo que nos pede pressa. Rapidez que convoca o imediatismo, que nos distancia do próximo mais próximo, que encarcera oferecendo o vazio, períodos intermináveis de solidão... Mais sensível, perceptiva, emotiva e reflexiva, tenho desacelerado me desconectando um pouco da tecnologia, observando poeticamente as situações pessoas que antes apenas passavam. Percebo dor... olhares tristes e perdidos. Excessivos sorrisos que não correspondem ao que se passa no interior, necessidade de afeto, de escuta, de atenção. Miséria material e espiritual que vai se conduzindo de forma intensa e não nos damos conta do quando podemos fazer. Cegos, reclamamos demais... e vivemos ilhados em nossas questões pessoais. “A dor pode bater na casa do vizinho”, mas... em nossa casa, nós não a merecemos! Estamos como quem acredita que Deus auxilia que seu time ganhe. Com tantas questões no mundo, por que Ele perd

Quase dezembro...

Quase dezembro... O tempo se mostrou implacável. Tenho a impressão de que a vida segue mais rapidamente. Penso que essa sensação pode estar relacionada à idade em que me encontro. Ainda não adquiri serenidade suficiente para desacelerar e, o esforço que empreendo para perceber os sinais da vida, amenizam as expectativas e ansiedades, porém, estou distante da placidez que almejo. Pesquiso formas de conduzir o caminho sem pressa, observando dificuldades internas que precisam se r elaboradas, passados que devem somente ser lembrados, expectativas que necessitam de simplicidade. Os fatos conduzem a realidade e instigam-me a reflexão. O quadro pouco otimista, os discursos negativos, a insistência do mal que parece sobrepor ao bem... O futuro... Da humanidade, dos meus, dos seus... O desalento. Tempos difíceis! No entanto, essa chama de luz que me envolve, que envolve a todos que creem... Sustenta-me, afiançando-me que o acaso não existe, que não há mal que persista para sempre, que se c

Educação, formação e violência

                Não sei o que dói mais... Há tanta violência registrada diariamente. Atitudes insanas que despertam medo e semeiam dor. Sem generalizar, me pergunto o que anda acontecendo. Pessoas que se deixam dominar pela insensatez, tirando vidas, destruindo famílias inteiras (as delas e as das vítimas), espalhando terror, disseminando padecimentos. Ouso pensar que estamos colhendo conceitos distorcidos de uma educação permissiva e omissa que se enganou ao presumir que crianças não podem se sentir frustradas, não devem receber o “não” como resposta, precisam ser atendidas em seus anseios de forma imediata e integral. E que assim satisfeitas, não necessitam de atenção, diálogo, proximidade e carinho. Completo desrespeito pelo próximo.  Palavras que ferem, atitudes que humilham e instigam a crueldade, tudo isso usado com uma naturalidade brutal, associada à disposição da mídia em divulgar o mal.                 O nó na garganta, a dor no peito, o medo de que um dia tudo isso bata e

Razões do amor

O que amas? A máscara que tão bem nos serve Atendendo as expectativas exigentes do teu coração? As palavras que não são ditas Buscando amenizar conflitos, invalidar desejos, abrandar sensações? Amas o que lhe confere O “bem” que tu pensas experimentar, Silenciando os que ao teu redor se encontram? Amas a farsa de uma vivência infeliz e tênue Mirando apenas o que lhe interessa Estabelecendo limites e condições para sentir-se vivo Semeando a impassibilidade Disseminando submissão, condição e medo. Amas apenas o que lhe convém E porque assim amas Ainda estás longe de Amar...

POR QUE O DESENCARNE DE ALGUÉM QUE NÃO CONVIVIA CONOSCO TANTO NOS EMOCIONA?

Sempre digo aos meus alunos que quando levantamos hipóteses, usamos a palavra provavelmente. Aliás, penso que deveríamos usá-la em todas as incertas respostas que imaginamos ter. Quando se trata de morte, que prefiro tratar como desencarne, porque creio na sobrevivência do espírito, nossas dúvidas são ainda maiores, as reflexões são muitas e a dor, individual ou coletiva, é certeira. Não é necessário ter convivido, ser próximo ou ter amado, para que lágrimas espontâneas molhem a face e a sensação de finitude tome conta dos nossos pensamentos. O fato é que quando deixamos uma trajetória de luta e nos comprometemos com a vida, servindo ao mundo e as pessoas, semeando nos corações daqueles que se espelham em nossas palavras, posturas e pensamentos, deixamos saudade. O mundo anda sentindo falta da integridade, da alegria, da honestidade, da simplicidade e da fé e, quando pessoas que resistem na aplicabilidade desses sentimentos e comportamentos seguem para o outro plano, deixam um

Distração

Contexto

Se de tudo, fores conduzido pelas circunstâncias. Encarregue-se de entender os caminhos De atender as demandas do coração... Não se arrisque em penhascos, Não se entregue as lamurias Ou murmure opróbrios que não acrescentarão expectativas Os quereres persistem, basta que ouças. Toda sina exige entrega Doa-se corpo, alma, pensamentos... Todo sem resgate, sem retorno. Retalhos distorcidos de histórias De princípios, desenvolvimentos e clímax. Partes de um contexto sem fim. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer - 2017

Escritos

Não sei... nada sei... apenas sinto. Não me cabe dizer verdades Não as tenho... nunca as tive... Apenas  viajo nas sensações que desconheço. Apenas permito que tomem forma, ganhem vida. Apenas teço palavras Alinho retalhos, ajustando tons e estampas. Algumas vezes, harmonizam- se Despertam sensações que deixam de ser minhas. Passam a  viver no imaginário de que as percebe Outras, vagam sem nenhum sentido Até encontrar abrigo em algum coração também antigo. Descrevendo algo ou alguém que vi. Nessa construção infinita e reticente Vou talhando, alma e mente Um ir e vir consistente Que me permite de repente... reluzir Corpo, alma... Ser incoerente! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Da ilusão...

Reflexão

Há sonhos estranhos... Mexem ,reviram nosso imaginário, nossas lembranças... Restauram alguns anseios perdidos na trajetória e despertam novas vontades. Essa noite tive um desses sonhos... Perdi a hora, porque na verdade não queria acordar... Reminiscências? Subconsciente? Desejos internos?... Pouco importa. O que desperta é a reflexão... Estou sendo justa comigo? O quanto tenho boicotado histórias e sonhos permitindo que o Ter fale mais alto que o Ser? Ando percebendo os sinais da vida ou estou permitindo distraidamente que passem? Perguntas despertas que precisam ser respondidas. Evoluir é o caminho e, não existe evolução sem questionamentos, mudanças de direções e posicionamentos. A única verdade que conheço, é a do Ser! Talvez, por isso, mesmo que em sonhos... Minha alma grite e alerte: O que andas fazendo? Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Percepção

Reaprendendo a amar

Como é bom reaprender o amor com os jovens!. Hoje, li na página de minha filha (minha menina... sempre), um texto sobre as diferenças entre o amor e a paixão, lição que já foi apreendida prematuramente por ela e seu namorado. Caminham serenamente em um relacionamento saudável. Fico impressionada com o amadurecimento natural que a vida tem lhe proporcionado e, sigo como observadora e conselheira (na verdade, aprendiz). O que seria do mundo se não contássemos com as vibrações emanadas desses seres espirituais que vivem e vibram em nome do Amor? Ainda bem que eles podem nos envolver de esperança, nos ensinar que sentimentos nobres persistem, que apesar de da banalização e do egoísmo, a esperança renasce todos os dias. Reaprendo com eles a simplicidade da doação: o olhar, o doar, a entrega despretensiosa e singela, o amor sem medidas. Amar de amor! Que eles possam persistir ensinando... Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Definitivo

Sabotagem

Sabotamos nossas escolhas, vivemos e revivemos ciclos intermináveis de contentamento descontente. Queremos... o que queremos? Nos tornamos repetitivos, não são as pessoas... Atitudes exclusivas de almas que pouco se conhecem. Wanderlucia Welerson Sott Meyer

Tempo

Relacionamentos

Não são tão difíceis, na maioria das vezes os complicamos. Almas... diferentes, inicialmente pouco transparentes, que aos poucos se desvendam e, nem sempre se alegram com o que veem. Criam expectativas irreais. O cuidado com o outro deveria ser diário, a gentileza uma rotina, o conhecimento de si uma necessidade. Vivemos de rótulos... “mulheres são complexas, homens são todos iguais” e, quando assim pensamos, generalizamos seres humanos. Impossível descrever, pesquisas não mensuram sentimentos. Não creio que histórias se repetem continuamente, porque as experiências são únicas. Talvez, por desconhecimento, reproduzimos comportamentos inadequados e, nesse caso, realmente reiteramos erros.  O fato é que devemos observar, conversar e ouvir. Crescer juntos, caminhar ao lado e partilhar sonhos. Simples... se não estivéssemos mergulhados em sentimentos egóicos recheados de satisfações pessoais e intransferíveis. Uma alma sensível adoece ao lado de quem só consegue escutar suas p