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Mostrando postagens de julho, 2012

0usadia

Corro riscos e nenhum deles me assusta. Avanço com a segurança de quem acredita na vida. Sou tal qual um pássaro, que ao vento tem a sensação de ter suas asas amputadas, mas, que em momento algum pensa em parar. Corro riscos e avanço em direcão incerta porque percebo-me inacabada... Construção interminável... Não me preocupo com consequências e certezas. No coração trago a alegria de ter ousado ser. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Enviado por Wanderlúcia Welerson Sott Meyer em 02/04/2008 Reeditado em 07/04/2011 ogtCódigo do texto: T927848

Presente

Tudo é tão mais fácil quando percebemos que a única realidade que temos é o momento presente. Prendemos-nos a histórias passadas que mesmo que voltem, não serão as mesmas. Lamentamos o que não fizemos os erros que cometemos... Sem nos darmos conta que, assim como o cristal, o passado não pode ser reconstituído, no máximo lembrado como lição e aprendizado. Ter sonhos, idealizar caminhos também é necessário. Mas, fixar toda nossa energia em projetos futuros, sem nos darmos conta do que vivenciamos hoje, não nos possibilita a construção de alicerces seguros para concretizar os sonhos que temos.

Transparência

Em qualquer situação  Lembre-se que o protagonista é você! Não espere que ninguém faça, realize! Não espere que adivinhem,  Aprenda a verbalizar o que sente...  O que quer ouvir...  O que espera... É você, o único responsável pelo que lhe acontece!

Passos

Toque suavemente e entre.  Acomode-se e deposite o que há de valioso em ti. Não importa se erros e acertos, virtudes ou defeitos... Apenas entre. Absorva os aromas que aqui existem, incorporando-se à realidade e ao sonho. Caminhe cuidadosamente sem amassar o tapete de folhas que se formou com tempo. Circule livremente nos ambientes que transbordam vida, contudo não revire os compartimentos que aqui se encontram, remova lembranças, ambicione apagar o passado. Adicione, acrescente... Jamais extraia! Presença ímpar que vem somar espaços, acrescer aspirações de vida. Apenas entre... Permaneça... Estabeleça e constitua lacunas que sempre existiram... Reservados a ti.

Encontro

Nem de leve sonhas os danos que podem ser causados. Certas consequências são imprevisíveis, passam despercebidas pelo entorpecimento ocasionado em momentos sinistros de entrega absoluta. Confere o sonho e reserva a alma com serenidade. Espera. Há espaços que só podem ser preenchidos através do encontro com nosso eu profundo, encoberto pelo desconhecimento de nós mesmo. Nenhuma situação ou pessoa poderá subtrair-lhe a ausência, desnudando-se desvela o que há de essência em ti mesmo, descobre que tua completude se resume a ensaios de felicidade.

Inquietude

Essa alma inquieta, desperta e livre sempre resmunga quando tenho que atraí-la ao chão. Embate quase sempre vencido por delírios de felicidade, senão plena, possível. Vê, sonha e sente com a leveza de uma poesia de amor. Incomoda, aspergindo serenos orvalhos de perspectivas quase impossíveis. Quase... Porque com o tempo, as possibilidades são harmoniosamente  traçadas por  circunstâncias indefinidas. Fecha-se ao mundo e, no primeiro toque sutil e suave, ressoando palavras transfiguradas em afeto, entrega-se à leveza dos ventos permitindo-se condução insegura.

Amor

Traço desejos que recompõem estruturas esquecidas Alicerces que sempre existiram acomodados por intempéries. Procurando desvendar Encontrar sentimentos submersos Interiormente ocultos e determinantes Busco, com serenidade, qualificar o que o tempo me oferece. O que a vida imprime e determina Oferecendo contornos, Organizando sentimentos Submersa em pensamentos que se atrevem a sonhar Farta luz expectante pronta a materializar O que de fato...  É só amor. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Delírio

Sentia que o desejo não conferido poderia lhe subtrair a espera A lucidez não acompanha o sonho Prestes a voar, ver-se livre, alçando voo em direção incerta. Outorgam-lhe apenas o possível Pouco demais para quem anseia vislumbrar paraísos internos Vale pela sensação de esperança que desperta vida Recompensa de quem presume e pressente o que pede o coração. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Seguindo...

Sentindo

Ouvindo o vento sussurrar palavras de saudade, onda em um vai e vem indefinido desvendando equívocos e incertezas, resmungo de chuva umedecendo a pele fria e desprovida do toque voluntário de afeto. Desejando o que ninguém imagina, percebendo nas entrelinhas o enredo atravessado da vida. Muitas voltas, caminhos tortos e tortuosos. No íntimo, já intui que pouco ou nada falta. Hora de encontro, data de partida indefinida. Gomos de amor transcendente que se reúnem em um único e insólito objetivo, doar-se a vida.

Preciso amar

Delibero que, única, de muitas existências, embora me encontre neste século, ainda sinto-me presa conceitualmente a velhos hábitos. Difícil me acostumar com os descartáveis. Minha alma ainda se prende as relações duradouras, sentimentos preservados e reconstruções. Digo reconstruções porque não compreendo como pessoas podem ser tratadas como objetos de uso temporário, passados podem ser negados, recomeços considerados como inícios, recusa de toda experiência vivenciada. Sou da época em que as geladeiras e casamentos faziam bodas de ouro, não pela idade, mas pela necessidade de acrescer, pela certeza de pertencer ao mundo e de evoluir diariamente. Época em que o carro seguia o dono e, durava até acabar ou, não acabava porque era conduzido e conservado com zelo, diferente do que percebemos nas relações passageiras, onde o egocentrismo nos impossibilita a compreensão. Pessoas não competiam, sentiam. Amizades eram para sempre e, relacionamentos faziam jus ao nome...  Convivência benéfica