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Mostrando postagens de 2015

Dezembro

Ilusão

“Há muito deixei de correr atrás das borboletas” São encantadoras, mas dificilmente criam laços... Não estabelecem vínculos. Prefiro observá-las Inebriar-me com a desenvoltura de suas asas Deixá-las livres para que sigam seu destino. Enquanto contemplo Entrego-me aos sonhos... Indagação sincera... Como seria se permanecessem ao meu lado? Encantariam com sua beleza? Ou se converteriam em realidade? Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Dezembro

O dia amanheceu frio, verão encoberto de nuvens, temperatura agradável e úmida que desperta a sensação de nostalgia e saudade. Dezembro, momento em que nos dispomos à reflexão. Término e recomeço... Há Milênios buscamos absorver as palavras e os exemplos de um Ser de luz inimaginável que nos legou o aprendizado mais árduo e confiável: o Amor! Períodos cronológicos que pouco importância têm, contudo, cabe-nos à oportunidade de reflexão e evolução contínuas. Jesus, Mestre querido, exemplo de Vida Plena... Continua a nos incitar diariamente à renovação. Todos os dias na simplicidade, na humildade e na oferta singela da natureza, renova seu compromisso de Amor para com a humanidade. Acredito na força desse Amor que ainda não absorvemos por inteiro. Observe uma semente... O esforço empreendido para que a mesma se rompa e germine. A mágica de vê-la crescer, transformando-se em frondosa árvore... A flor, o fruto, e o divino processo de decomposição que oferece nova vida! Há algo de Divino, a

Silêncios

Sons do silêncio

Não abandonou caminhos ou se deixou conduzir. A cata de serenidade, foi suavizando as dores Acalentando a alma Sossegando anseios que lhe causavam aflição Com o tempo... As dúvidas, sempre necessárias, provocavam-lhe certa inquietação. Nada de grave ou intenso Sentimento morno de quem investiga em silêncio.

Coragem

Lições do tempo

Sempre sentia falta do corpo que lhe aquecia a alma, dos braços que a envolviam sem pressa, do sorriso que se traduzia em perspectiva. Sentia a ausência da voz sincera que lhe falava de amor e dos espaços preenchidos que autorizariam saudades eternas. À noite, quando entregava seu corpo ao tálamo, apertava as cobertas e permitia que as lembranças viessem sem nenhuma restrição. Era o tempo de sonho e, por muitos dias, esperava a chegada do crepúsculo para entregar-se à fantasia de pertencer a alguém. Inspirada pelas lembranças, tão expressivamente demarcadas na alma, contava às cicatrizes que o tempo se encarregou de fechar. Muito de si já não existia, fora necessário o abandono para que a vida prosseguisse da forma que deveria ser. Dos poucos sonhos que ainda permaneciam, manteria a serenidade e a convivência leal com os anseios de paz interior. Ao olhar, confiaria a verdade... Distante e melancólico, seria disfarçado em delicado sorriso, transporia a alegria sofreada que aos poucos

Paz e bem

Estamos vivendo um momento de crise sem precedentes. Não é apenas uma crise financeira, convivemos com uma crise existencial onde a humanidade se dá conta dos valores éticos abandonados em busca de um materialismo frágil e superficial. Guerras, fome, desabrigados, violência e desamor... O medo nos assombra e muitos ainda creem no término da humanidade. Com o olhar de quem acredita na evolução do ser, compreendo que todos estamos recebendo um chamado de amor, um despertar... Uma forma de nos reencontramos a essência Divina adormecida, de nos redescobrirmos. Momento em que nossas preces precisam abandonar o individualismo e favorecer o equilíbrio da energia que circunda toda a órbita terrestre. Corrente de fé e otimismo que deve emanar de todos os que creem no Evangelho como luz redentora e libertadora. Enquanto o bem for tímido, o mal prevalecerá. Se cada indivíduo conseguir policiar seus pensamentos, palavras e atitudes contribuirá para que o nosso Planeta se transforme em um mundo me

Das ilusões perdidas...

Contradições

Já não tenho tempo a perder... tenho urgência de vida! Não é a felicidade plena que busco Nunca sonhei excessivamente e nem desejei muito. Fantasias só me encantaram na infância. Sei que pessoas falham Que esperar do outro o que desejo É despertar expectativas que certamente serão frustradas Que muitos apenas falam e não ouvem. Que quem pensa não errar acredita em uma pérfida verdade. Sei que silêncios são imprescindíveis Mas, guardar opiniões e disfarçar pontos de vistas. È sobrecarregar a alma de palavras que precisam ser expostas. Enfermando-se lentamente, reduzindo-se a uma dissimulada anuência. Presumo que sei o que desejo... Mas, a vida sempre me convida a novas fatos. Uma insensatez saudável, que quando se ausenta. Impede-me o raciocínio contraditório e incoerente... Aquele que acirra minha capacidade criadora. Gosto de flores, de amores, de sonhos... Gosto do ingênuo, do autêntico, do inadmissível... São dessas vontades, incongruentes e

Instantes

Descobriu-se órfã de si mesma, abandonou os anseios, querências, destitui-se dos bucólicos sonhos e vestiu diariamente a incômoda roupa de viver. Foi tocando os dias... Mesmice que aos poucos já não alimentava, sufocava. Suas dúvidas guardadas em caixas veladas, segredos inconfessáveis... Já não sabia mais o que sentia e tão pouco traria ao rosto aquele sorriso desatinado e insano de quem se entrega aos sabores da vida. Tudo fica muito circunspecto quando nos deixamos conduzir por encargos e estacionamos culpas sem nos darmos conta que nem todas são nossas. Amanhecia, entardecia, anoitecia e entregava-se ao sono com a esperança de sonhar... Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Passatempo

Representações

No espaço de tempo em que me dedico à escrita, estorno sentimentos confusos, desconexos e incompreendidos. São radiografias de uma alma antiga, acostumada ao simples, bradando por libertar-se da escravidão dos dias. Ando me perdendo...  O automatismo dos dias impede-me o pensamento. O excessivo labor, a administração inadequada do tempo, a irrelevância de ações que nada acrescentam. Dormir, acordar, correr, obedecendo a horários e regras, rotina... Reprimida, alma sonhadora e aparentemente serena, parece inflar lentamente até que não caiba dentro de si e imploda. Não é fato consumado, é sentir descabido que alerta que há muito a se viver! Cabem-nos as escolhas... 

Solidão

Impressões

No mundo passeiam corpos Alguns disformes, outros esculpidos. Alguns entregues ao desleixo, outros consumidos pela vaidade. Passeiam da juventude à senilidade, distraídos pelas aparências. Muitas vezes, unem-se pelo o que veem. Confusos sentimentos misturados a juras de amor eterno. Na desatenção dos anos, abandonam o cultivo dos sentimentos. Paralisam comportamentos enviesados. Envolvem-se em couraças endurecidas Permanecem aprisionados ao peso da matéria densa. Como terra improdutiva... São incapazes de transformar a paisagem que os vestem Em pontos de luz, essência vivida. E voltam a terra, desnudos. Entregam à natureza o empréstimo devido. Espírito, alma, princípio de vida... Denominação insignificante, tamanha importância. O que se leva é o que se é Flores que cultivamos no âmago Aromatizando eternamente o caminho. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Impressão

Ando sentindo... Às vezes, sorrio... Outras... Entrego-me à tribulação. Há saudade, instaurada e sentida. Retida pela remota alegria das retinas Pelo encontro da pele Pelo encanto da fala Pela aproximação que acolhe Do instante perene Na memória, o encanto. No íntimo o ardor. E de novo sorrio... Sem motivo, alheia. E se indagam... “Tolices, são lembranças de amor!” Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Escolhas

Já trilhei caminhos desconhecidos, Restaurei outros quase esquecidos. Enfrentei tempestades, me entreguei a vontades. Racionalizei sentimentos e pensei dominar realidades. Fui protagonista e coadjuvante Senti que não seguiria adiante. Verti lágrimas, estanquei prantos. Conferi aos ventos o destino, desencanto... Restaurei caminhos, muitos desalinhos. Recorri à fé, confiei às cegas. Conferi sem reservas Lapidação de amor! Hoje, mais serena... Nada me espanta... Nesse lago límpido, alma quase em calma. Vejo circunstâncias, alço possibilidades. Aprendi que o tempo, sábio conselheiro, Pede paciência, tempo de ciência, Luz, sabedoria... Quando os ventos vêm, ergo-me mais forte. Escolho meu norte, conduzo-me em paz! Todo esse caminho, mesmo em desalinho... Aprendi com vida... É o que a gente faz!

E por falar em amor!

É interessante como a maturidade nos auxilia na compreensão dos dias que nos são oferecidos pela vida. Já escrevi antes que nunca acreditei em príncipes encantados, tenho a ciência da incompletude do ser e da fragilidade de nossos sentimentos nesse infinito processo de evolução em que nos encontramos. Já senti paixão e permite que ela me conduzisse cegamente e, por alguns momentos de lúcida realidade compreendi que o fogo é finito e que pode nos causar grandes cicatrizes, contudo, também assimilei que é na convivência que edificamos nossas relações, que conflitos podem ser superados, que o respeito pelo outro é maior do que a avalanche de sentimentos que nos sufoca e aprisiona e, que erroneamente denominamos de amor.   Quando percebemos que o que nos incomoda no outro é o nosso reflexo, que qualquer ser humano traz dentro de si questões mal resolvidas e que muitos de nós ainda carregamos a ilusão de que o outro pode nos “completar”, também entendemos que o autoconhecimen

Maturidade

Vida

Palavras

Se existissem palavras, descobririas os clamores de uma alma que sempre lhe rogou afeto. Não criarias mundos paralelos, nem negligenciarias o fato de reter sem possuir. Se existissem palavras, seriam resignificadas pela brandura de um coração cansado que sempre desejou o mínimo, almejou o simples, entregou-se por inteiro. Se existissem palavras... Existem... No entanto, acostumaram-se ao silêncio. Esconderam-se... Sufocando desejos, ideias e vontades. Preservou-se a essência e, dos olhos nunca omissos, ainda observa-se o parco brilho, Luz intensa reduzida à ínfima chispa luminosa que, embora sufocada por palavras nunca ditas, cisma em brilhar.

Pontos de luz

Como pontos, pontos de luz Uns brilham mais, outros menos Uns apagam cedo, outros tardiamente Uns iluminam, outros ofuscam-se para que os demais brilhem Ainda outros, fecham-se em caixas Impedem a expansão da luz... Todos brilham e em um dia... Desaparecem, cintilam em outras paragens Transcendem... Pela intensidade da luz Calcula-se a saudade Acumulam-se as perdas Acrescentam-se mais lumes E a vida segue... E a alma pede... Luz! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Ser mãe

Caminhos

Traçaria caminhos de serenidade avessos à desordem diária. Certamente, conviveria com altos e baixos, alguns desajustes... Nada que lhe desorientasse ou lhe fizesse perder o rumo.  Mesmo que o tempo exigisse paciência, permaneceria no firme propósito de descobrir-se. Voltaria seus olhos para a beleza e despertaria o coração entregando o que de melhor guardava: o Amor.