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Mostrando postagens de novembro, 2011

Silêncio

É no silêncio que me encontro quando penso ter dito quase tudo Não há uma só palavra que possa traduzir o vácuo Nutrindo ilusões que não mais existem Ser incompleto, veemente busca de si mesmo Expressão e confissão disfarçadas em sorrisos Conciso sumário de denso conteúdo interno Parvo pensamento sem lamento De onde germina tanto sentimento?

Refletindo a vida...

Um dia terei que partir, é natural... Todos irão. As perdas são sempre dolorosas, como se estivessem levando também pedaços de história, partes nossas. A morte não me causa espanto ou medo, mas, reflexões profundas sobre a vida. Do que deveríamos dizer, dos abraços que deixamos de distribuir, dos momentos que legamos ao descaso, do que poderia ter sido, do que jamais será... Encontro-me em profunda melancolia, não é desânimo, nem depressão instaurada, reflito e reflexiono a vida em um momento onde repenso a necessidade de me doar mais ao mundo, aos sonhos, aos desejos... Acasos não existem, mas, descasos são constantes. Vivemos parcialmente o que precisaríamos valorizar integralmente, permitimos que pessoas e ocasiões se percam sem lhes oferecermos a devida importância e, quando a vida nos responde com perdas, desorganizamos os sentimentos que pensávamos refletir estabilidade, permitindo-nos a queixa infundada. Toda queixa é infundada, sem razão. Na verdade somos responsáveis pelas c

Sou mineira

Mineira, é o que sou! Dessas de família tradicional, famílias que parecem não ter fim! Que ensinam valores, que imprimem marcas definitivas em nossas personalidades, que nos valem anos de terapia por nos ensinarem a ser tronco, esteio, braúna. Mineira é o que sou! E sinto falta do abraço fraterno, do sorriso muita das vezes desdentado, das casas simples, construção sem viga. De ser recebida como visita, tomar café com rapadura, comer broa de fubá com erva doce e queijo... Claro, queijo mineiro (verde ou curado, o que importa é que seja de Minas). Sou das Minas Gerais! Terra de montanhas, interior, roça, sítio, fazenda. Do café (que quando vem à florada, parece neve brotando no cafezal), terra de gente que fala diferente, mas, que diz o que pensa. Terra de braços abertos, coração quente, esperteza ingênua de um povo que acredita no futuro. Terra simples e gigante, onde a naturalidade prevalece, cresce e invade com discrição e vontade. De gente que não espera... Cria, transforma e a

Saudades

Tons, sons, odores e lembranças A saudade instaura-se como recordação Passados não passam quando o que se tem é alegria Impossível revivê-los, Senti-los, inevitável... Onde os pequenos sonhos? Ingênuos anseios Crédulos desejos Passos, ilusoriamente, livres Abraços que foram absorvidos pela existência Sorrisos francos e ternos Momentos lúcidos e luminosos Pessoas que não mais verei Diálogos amigos Acolhimento da escuta atenta, desinteressada Presença certa Aceitação franca e generosa Ecoando sentimentos definitivos e eternos Saudade... Da simplicidade de vida Distante, perdida Que hora é necessidade preeminente Condição de vida! Saudade... Que se encontra agora no presente Como fórmula do que se almeja Simples, francos, ternos, eternos momentos Onde o que prevalece é o sentimento Ágape amor que importa Lucidez de quem crê Que vale mais o Ser! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Contradição poética

É o frio na pele, geada na alma. Nada que perturbe, pede calma... Tempo de continuar rompendo entranhas Percepções estranhas Obra inacabada de si Rastros do que permitiu partir Flores nas janelas Pássaros entre elas Montanhas lembrando-me obstáculos Céu abrindo-se em espetáculo Dor incômoda e sutil Vontade ardente e fértil Segmentos de reta inacabada Erros na estrada Obra em construção Momento de adoração. Poesia em plena contradição. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer em 16/11/2011 Código do texto: T3338750

Auxílio significativo

Para refletir... Temos que saber distinguir, separar o joio do trigo. Uma atitude sábia diante da vida, que nos conduz a uma percepção interna mais coerente com nossos desejos. Assinalar o que nos pertence, separar o que conduzimos e verbalizamos, mas, que não faz parte de nossa essência. O querem de nós e o que realmente nos cabe como possibilidade e caminho. As intenções e opiniões só nos servem à reflexão. E quem quer que seja, por mais bem intencionado, não pode pretender ter respostas para situações que não lhes dizem respeito. Não há como viver ou entender uma experiência se ela não nos compete. Há momentos em que apenas o colo, o carinho, a amizade sincera e o ouvir são os únicos indispensáveis ao coração que sofre. Quando julgamos, afastamos. Quando inferimos, nos tornamos co-responsáveis, sem sermos, de situações que só podem ser solucionadas e resolvidas pelo outro. Não é omissão, mas, uma postura ética diante da vida que transforma nossas i

Vida

Encontra-se tomada pelo tempo que lhe dispensa vida Contradições visíveis que despertam medo Enganos e engodos, beco sem saída Arremedo de dores acumuladas Versões, resquícios e resíduos Sobras do que um dia fora Moldada, burilada e lapidada Brilho! Encantos de encontros inesquecíveis Pessoas falíveis Almas sensíveis Violadas e escassas Aprende-se! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Mesmo que doa...

Mesmo que doa não vou permitir que se instaure como chaga, há algo de belo nas lutas que travamos, nos situações adversas as quais nos defrontamos, na instabilidade que nos assalta a alma. Mesmo que doa, continuarei sorrindo, distribuindo a energia que auxilia, revigora e da alento aos corações que sofrem, há algo de insano quando nos permitimos conduzir às lamentações, ao desânimo, ao medo. Mesmo que incerto e, de incertezas se constrói a trajetória, acreditarei no que a razão desconhece, aliviarei a alma dolente com perspectivas, esperanças e expectativas improváveis. Mesmo que cansada, narcotizada pela morosidade do tempo... ainda assim continuarei buscando, esquadrinhando verdades, perdendo-me em sentimentos que por hora desconheço. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer em 11/11/2011 Código do texto: T3329604

Esperança

De todos os caminhos, escolho a vida! Opção de quem já compreendeu a importância de valorizar o simples fato de existir. Do passado, sirvo-me do aprendizado. Do futuro aguardo as flores e os frutos que cultivar no momento que se segue. Em vão nada será... Nem as dores, nem as lágrimas, nem as possibilidades aparentemente perdidas. Transformando-me através de um amor que ainda desconheço. Provocando mudanças de posturas e tendências. Reavaliando decisões e sentimentos. Empreendendo minha essência por caminhos inimagináveis. Ofuscada pelo feixe de luz que me orienta e guia Confio... Esperança vinculada à fé que jamais esmorecerá. Permitindo-me a certeza de que dias melhores virão.

Tempo

O tempo passa rápido demais para que adiemos indefinidamente escolhas, sublimando desejos que no mínimo nos fariam bem. Guarde tesouros materiais em recintos fechados com receio de perdê-los e, depois de um tempo, quando resolveres remover as paredes que os encobrem, encontrarás a destruição e decomposição provocada pela ação do tempo. Aniquilamento natural que se  inflige a tudo que ocultamos da luz do Sol, dos olhares de admiração, do ar que quando parado e preso, asfixia. Utilize sempre o que há de melhor em ti! Ofereça à vida o que resplandece e glorifica! Serve sem muito esperar, o retorno sutilmente nos chega quando menos esperamos. Respostas imperceptíveis à nossa ansiedade, contudo, certeiras para aquele que se disponha a servir a vida. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer