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Eleições...democracia...



     Sem nenhuma retórica ou demagogia, gostei muito do resultado da eleição. Não sou partidária, mais me interesso pelo conhecimento do processo político Brasileiro, assim como, não sou feminista, e vibro com cada conquista que o feminino tem alcançado. Já dirigi uma escola, e sei o quanto uma administração é complexa, exigindo da pessoa que exerce o cargo pulso, discernimento, compreensão e competência. Não acredito que nada aconteça por acaso e, até por uma questão de crença religiosa sei que tudo o que ocorre, faz parte de um processo evolutivo de construção íntima e coletiva.
     Não importa mesmo quem tenha ganhado a eleição agora, cabe a cada um de nós, não apenas criticar com o intuito de desmerecer, mas conhecer o processo e contribuir para que prevaleça sempre o melhor para todos. Nunca em nenhuma circunstância, por mais bem intencionados que estivermos, agradaremos a todos. Essa dificuldade encontramos até mesmo em nossas relações familiares, pequenos ninhos, que muita das vezes, não somos capazes de administrar.
     Nenhum pensamento menos digno, nenhuma crítica a essa ou aquela postura, modifica ou contribui para a melhora de um contexto. Nossas energias determinam tanto nosso processo individual como também o coletivo. Se não podemos contribuir, lançar flechas de ódio e desprezo é o mesmo que voltá-las a nós mesmos.
     Quanto a ser mulher, sem nenhum desmerecimento ao masculino, afinal todos temos um lugar ao Sol, essa é uma ótima oportunidade de somente comprovarmos o que já sabemos, aprendemos entre erros e acertos que um trabalho não é desenvolvido isoladamente e, uma mulher fantástica e guerreira, estará ao lado de homens também com histórias de compromisso e respeito pela coletividade.
     Se não gostamos do resultado, o que não é o meu caso, que pelo menos possamos pensar e contribuir para o bem estar e a evolução de uma população e um País que é mais que sério. Prova disso, pra quem se recordar ou conhece a história do Brasil, é o quanto ainda a alegria, a confiança e a fé permanece em nós, mesmo depois de um passado aonde a ditadura e a opressão foram responsáveis pela morte e tortura de muitos que lutavam por um país democrático. Estamos construindo entre erros e acertos e, isso independe de quem lá esteja, um País melhor para nós, nossos filhos, netos e todos os que estão por vir. Assim reza a vida!
     Evoluir sempre em direção a Luz!
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer
Publicado no Recanto das Letras em 01/11/2010
Código do texto: T2590205

Comentários

Gratidão

Certezas de Amor

Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!

Amor maduro

Será preciso tempo para regenerar as lesões provocadas pelo desvario dos sentimentos. Não é possível afirmar se era amor de fato. Serviu como alento enquanto próximo estava. Agora, que apreende e absorve palavras proferidas sem nenhum compromisso estreito com a verdade, analisando frases soltas e atitudes contraditórias, percebe-se claramente a ineficiência das palavras que não condizem com a verdade. Realidade tão intensa quanto a fugacidade dos anseios de porvir. Confia cegamente na maturidade que se adquire, grata pelo aprendizado rápido e eficaz de que o amor, de fato, só existe nos atropelos da convivência, no encontro dos desajustes, no sentir mesmo nas turbulências, na expressão de respeito pelo que se é. Constância inconstante de emoções indefinidas e necessárias. Amadurecimento vagaroso determinado por momentos de desordem interna e externa. Cumplicidade que se expressa apesar dos enigmas e contradições de seres opostos que jamais se completam, apenas evoluem entre possív

Caminhos dicotômicos

Não lhe diria verdades, nunca as conheci. Tampouco desfecharia os inúmeros sonhos inconclusos que permaneceram latentes enquanto pensávamos estar no caminho. Nunca saberíamos se as estradas que escolhemos e as trajetórias que fizemos foram realmente escolhas. De fato, pouco valeria lastimar e fazer conjecturas. Basta-me a realidade detectada pela pupila dos olhos teus e meus, sentida na pele como distante toque etéreo. Adormecida, enquanto em vigília presumes e anseias o que jamais viverás. Reformulas vontades, despertando sorrisos que se encontram longe de ser o que desejas. Não seria lamento, apenas dúvida, suspeita de equívocos... Desconfiança de que, se os caminhos não fossem bifurcados e dicotômicos, se os desejos não fossem imaturos, ainda estarias ao meu lado. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer