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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Renovação

Retiro todas as cascas Couraças que já não me servem, Soltando-as, renovo-me. Na reconstrução de um Ser Ainda desconhecido Elaboro novos saberes, Reencontro-me todos os dias com o eterno. Encantam-me as terras que não desbravei E, ainda mais os caminhos que não percorri. Sinto-me pássaro em voo livre, Vislumbrando apenas o que aos olhos brilham. Busca de renovação, sensação de insegurança Que preciso sentir para saber-me viva! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 31/01/2011 Código do texto: T2764111

Jeito de gente

      Tem gente que sente e não sabe dizer ou decifrar o que está sentindo. Mas o corpo não mente, pressente e se vê caindo. Tem gente que se expressa sem dizer o que lhe vai indo. E vai se diluindo por entre histórias findas e não concluídas. Deixando rastros de dores e lágrimas, não de sofrimento, mas, forte arrependimento por não ter ousado viver.      Tem gente que pressente, mas não sente. Não permite que a intuição lhe ofereça possibilidades. Tal qual passageiro que viaja sem observar a paisagem. Deixa que o tempo leve toda sua mocidade. Desperdiçando vontades adormecidas, desejos inconclusos que latejam como passado mal resolvido. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 22/01/2011 Código do texto: T2745692

Às avessas

Se me disserem para esquecer Pedirem-me para relevar Legar ao passado à história Ou para o tempo esperar Responderei mansamente: Sou a decorrência de tudo que vivo! Saboreio cada momento Sem qualquer sacrifício. Digo frases simples e incompletas Compreendidas somente Por um coração saliente Que ousa dizer o que sente Sem medo, receio ou temor! Amando de amor! Avanço de quem não espera Da luta que travada em silêncio Da busca que se faz constante Da serenidade de não ver distante Esse ser errante Dádiva da incompletude! Essencialmente feliz! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2011 Código do texto: T2743135

Beija...flor...

  Beija... Flor... Beijas... Flores... Sutil e passageiro Como em um beijo certeiro Tu me roubaste a razão Beija... Sorvendo para si A energia contida Suga, delira e transforma Beija... Conduzindo-me. Elevando-me às alturas Certa e segura Ingenuamente sã. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 14/01/2011 Código do texto: T2729468

Saudade

Saudade Manhã, O sussurro dos pássaros Substituído pelos sons dos carros Minha alma chora a tua ausência Os pensamentos... Estes, asas criaram E perdem-se a tua procura! A rotina é invadida por versos teus. O dia já não será o mesmo! Fora preenchido pela alegria! Reconstituído de saudade! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 14/01/2011 Código do texto: T2728840

Morte é vida...

A morte me visita todas as vezes que minhas ilusões são destruídas Insistente como sou, recolho os restos que não desintegraram e me refaço Sempre que recebo tal visita, tenho a consciência de que jamais serei a mesma. Não preciso ser cremada e recolher as cinzas Preciso de cada parte de mim, carnal ou espiritual para reconstituir-me O que me impressiona é que, normalmente, renovo todas minhas ilusões de esperanças. Erguendo-me firmemente como se tudo não passasse de um processo natural e intransferível. Evolução interna, revolução externa! Esperança, Expectativa, Possibilidade! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 14/01/2011 Código do texto: T2727983

Amar

Amar é tornar-se inteiramente vulnerável É caminhar no escuro, Ouvindo a sedução de uma voz amável Que nem sempre verbaliza o que sente. É ser presa inconsciente ou não De sentimentos que dominam a razão. Entregar-se como quem deposita a vida. E caminhar de olhos vendados, Acreditando-se conduzido seguramente. Amar é destituir-se de autonomia Depositando no outro sua essência. Seguir a ermo, até que se desvende o verdadeiro. Não há amor na entrega absoluta. Necessário se faz amar-se Perdendo-se no outro Também me perco. E se não me amo, cometo o engano De me encontrar sem vida Quando o amor se vai. Amar é ser íntegro Apaixonado e inteiramente feliz Pelo que se é É no amor próprio que nos descobrimos Senhores absolutos de tudo que sentimos. E só assim livres para amar. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 25/11/2008 Código do texto: T1302036

Saudades de ti...

  Até que retornes, ficarei a observar as mudanças dos ventos, As fases da Lua, os entardeceres, as manhãs frias e madrugadas sombrias. Até que aqui estejas e que permaneças ao meu lado, O olhar que brilha ao encontro do teu, Vagará por indeterminados caminhos, Denso da tristeza que somente se vai quanto tu chegas. Até que teus braços encontrem meu corpo E neles permanecem acariciando-me a alma, Sentirei o frio e o desatino da solidão que ao teu encontro não mais existe. Até que sinta o calor dos beijos que calorosamente me conduzem, Observarei o balançar das folhas, O voo interminável dos pássaros e os invejarei a liberdade. Até que o tempo me conduza a tua presença... Sonharei... É que o sonho me conduz ao teu espírito! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 09/01/2011 Código do texto: T2718990

Amar,sentir e viver!

Amar, sentir e viver! Não dá para relevar sentimentos Podemos disfarçá-los Canalizá-los para outros objetivos Desenvolver sintomas inexplicáveis Negá-los, omiti-los... Ensaiamos esquecimentos Insustentável conviver entre tantas turbulências Ocasionalmente sofremos Conduzem-nos à morte em vida Infelicidades enraizadas Ausência de coragem Situações e pessoas Que pensamos estar preservando Ninguém pode ser feliz Se infeliz se encontra! Toneladas de lamentos Do que deveria ser... Do que se quer ser... Do que é preciso ser... Grosseiros ciclos viciosos Onde a vontade é a última Onde a verdade é asilada Veneno ingerido em doses  Imperceptíveis, generalizadas Nega-se à vida! Entregando-se a um lavor interminável Como se sentir errado fosse Como se amar fosse indevido Perda de idos e findos tempos Aonde resta no olhar a tristeza Frieza, descrença. Quem não se permite sentir Vive de “faz de conta” Tonta e remota alegria Perda de história, vida e magia! W

Para a mulher dentro mim

Vive dentro de mim uma mulher que sonha. Não se importa com os “nãos” ditos e omissos, Não se incomoda com portas que não se abrem Atira-se de penhascos na certeza de que será amparada pelos ventos. Vive dentro de mim uma mulher mãe... Em silêncio ela observa seus filhos, Mais tarde, serão filhos do mundo, Orgulhosamente crescem física e interiormente. Pequenos sábios que ensinam a viver. Vive dentro de mim uma mulher que se entregou a lida, Acumulou tarefas, Subverteu seus desejos E que pensou ter se perdido. Vive dentro de mim uma mulher menina Recusa a acreditar nas impossibilidades Hora encara a vida com a seriedade que o momento lhe pede, Hora sonha perdida e deliciosamente Entre segredos e desejos somente seus. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 01/01/2011 Código do texto: T2702928