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Mostrando postagens de março, 2012

Amor

Todas as lágrimas que hoje vertiam, umedecendo a pele que agora reflete algumas marcas do tempo, expressam saudade. Um anseio desconhecido que, por vezes, desperta sentimentos ainda ignorados. A alma parece rogar por um amor que eleve. Clamar por algo que já sentiu e lhe faz falta. Em sonhos, vislumbra a presença ausente de quem muito deseja. O afago, o amparo, a fusão. Algo nobre e verdadeiro que aos olhos do mundo pode significar ilusão. Espera... Sabe-se existir... Um dia, chegarás sutilmente... Como brisa... E, as lágrimas, expressão deliberada de emoção, serão convertidas em presença. Exultando o reencontro, incidirão reflexos da alegria. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Lucidez de amar

De cada palavra proferida em estado de paixão, ficaria a lembrança... Em retalhos, buscaria refazer os contornos que a alegria temporária desenhou na alma aturdida. Serviu de alento, refrigerou a alma, alimentou sonhos e partiu... Engasgando as palavras que, presas, provocaram o embotamento dos sentimentos que fluíam naturalmente. Sensação estranha de abandono de si, entrega sem restrições. Vazio que se sente depois de alçar voos e pousar em desertos. Traduzia o que sentia em gestos, palavras e atitudes pressentidas. De certo, conhecia o porvir. Já havia aprendido que o eterno é o que se aprende com os traços indefinidos das experiências significativas. Amor? “Eterno enquanto dure...” Eterno, enquanto se mostrar saudável. Eterno, desde que seja amor! Seguiria... Entre ilusões destituídas e desejos. Canalizando sentimentos nas direções que lhe oferecessem estações de alegria.  Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Caminhos dicotômicos

Não lhe diria verdades, nunca as conheci. Tampouco desfecharia os inúmeros sonhos inconclusos que permaneceram latentes enquanto pensávamos estar no caminho. Nunca saberíamos se as estradas que escolhemos e as trajetórias que fizemos foram realmente escolhas. De fato, pouco valeria lastimar e fazer conjecturas. Basta-me a realidade detectada pela pupila dos olhos teus e meus, sentida na pele como distante toque etéreo. Adormecida, enquanto em vigília presumes e anseias o que jamais viverás. Reformulas vontades, despertando sorrisos que se encontram longe de ser o que desejas. Não seria lamento, apenas dúvida, suspeita de equívocos... Desconfiança de que, se os caminhos não fossem bifurcados e dicotômicos, se os desejos não fossem imaturos, ainda estarias ao meu lado. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Persistência

Não importa o quanto demore, estarei atenta aos sinais da vida, oferecendo às situações energias que vitalizam e possibilitam novas trajetórias. Lego ao passado o que supostamente perdi, seguindo... A força que empreender nos objetivos que hoje almejo, será responsável pela reedificação de cada estrutura abalada. Processo de reconstrução que dependerá e, sempre dependeu, do exercício da vontade e da fé que não esmorece... Sinônimo de coragem. Movimento interno que ilumina os dias. Momento presente que, em forma de dádiva, tornar-se à única realidade a ser vivida. Mais vigoroso e forte, o interior exige luz, a crença pede perseverança, o aprendizado verte serenidade. Há de se buscar história, construir espaços, permitindo-se existir. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Travessia

Tortos caminhos nem sempre compreendidos Leva-nos desapercebidos. São atalhos de trilhas indefinidas Alternativas impostas pela lida Paisagens não identificadas Escolhas quase que impostas Cursos que nos trazem consequências Histórias permeadas pela ausência Desguarnecidas de interesse Destituídas de brilho Num átimo... Não sem desalinho Descobre-se o caminho Tão diverso, transverso, enviesado Pensa-se estar errado Estranho e complexo sentimento Que nos serve de alento Em todo infortúnio Pode-se se encontrar o rumo   Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Enviado por Wanderlúcia Welerson Sott Meyer em 05/03/2012 Código do texto: T3536067