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Mostrando postagens de março, 2011

Amor

O Amor, sentimento absolutamente necessário, movimenta, de maneira sábia todas as vertentes e caminhos da vida. Se encontra em tudo, mesmo nos sentimentos mais confusos.  Sua abstração, quase sempre nos leva a confundi-lo com o desejo, a paixão. Se intenso, descontrola-se, adoece, podendo se transformar em ódio. O ódio é o amor doente, descontrolado, transtornado. Para viver um grande Amor, faz-se necessário o equilíbrio, a com “paixão, a misericórdia. Para viver um grande Amor, é preciso humildade (húmus), ter os pés no chão, na terra. Quem se diz acima, não Ama o outro, somente a si mesmo. Quem se diz abaixo, perde a auto-estima e, portanto, o Amor. “ A humildade te põe grande diante da grandeza de Deus “ E, portanto, grande diante do Amor! A lição já aprendemos há milênios... É preciso aprender DE COR... DE CORAÇÃO!  Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Felicidade

Grito em silencio o que sufoca Jamais verei a vida como querem Sou a contradição de tudo o que me disseram ser Transgressão saudável Procuro a utopia aonde só percebem a realidade Amo incondicionalmente Vivo intensamente Seguirei sentindo... De sentimentos sou essência Sentir é o que sustenta Nada que me digam Pode substituir a força de vida Por vida... Seguindo instintos Intuições, percepções O limite do que denominam insanidade É o desejo de vida! De alegria! Exponham-me motivos para não ser Afirmarei o que não creem Sonharei o que não veem Confessarei que sou feliz! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 26/03/2011 Código do texto: T2871533

Falando de amor

  O amor é a serenidade que se adquire sem que se perceba. Tão leve quanto o beijo de um pássaro em delicada flor. Sublime entrega que se faz sem restrições, só por amor. Doce sabor que alimenta e renova a vida. O amor não dói, maltrata ou persegue. É de sua natureza o desapego. Doa-se apenas, sem esperar em troca. O que se pensa ter sem medo. Há no amor o encanto. Princípio e fim de todo pranto. Nos olhos, o brilho que traduz o que lhe vem à alma. No toque a suavidade que acalma. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2010 Código do texto: T2049752

Pensando...

Fogem-me as palavras, assim como deveriam fugir as lembranças. Há tanto a ser feito e, tropeço nas pedras que se impõem imaginariamente no caminho. Dentre todas as perdas, restou-me a esperança. Sentimentos confusos e difusos que não me permitem à liberdade. Vazios que precisam ser preenchidos, verdades que necessitam serem reinventadas, emoções ambíguas, coração contundido, pensamentos que verdadeiramente me perturbam. Aparente calma de quem muito anseia. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 20/03/2011

Floresça aonde for plantado

Há lotes vagos perto de minha casa que em determinadas épocas transformam-se em belos canteiros de flores. A diversidade das cores me encanta, mas, o que mais me chama a atenção é a generosidade da natureza. Ninguém as semeou ou cultivou e, lá estão elas,exalando gratuitamente perfumes e aromas, enchendo-nos os olhos pela beleza natural que se impõe. Enquanto caminho, observo que pássaros e insetos aproveitam para construir seus ninhos, sugar o néctar das singelas e belas flores e o colorido das mesmas, é uma paisagem indescritível. Fico imaginando quantas pessoas passam por ali e quantas se oferecem a visão de tamanha beleza. Há paisagens que só podem ser observadas com os olhos do amor. A simplicidade, muita das vezes não é vista. O que nos é oferecido gratuitamente, pode passar sem ser percebido e sentido. Assim como a vida... Muitos momentos de real significado são, ocasionalmente, negligenciados. Lamentos futuros nada acrescentam. Importa dar significado e importância ao q

Olhar

Apenas olhe... Observe o que a pressa oculta Agradeça o que recebes sem perceber Olhe para si... Dentro de ti... Veja-se com os olhos do amor Aprendendo a si perdoar Amando-se como Ser único Originado pelo Senhor da Vida! Tens somente um único objetivo Amar... Todos dos outros vinculam-se ao amor! Olhe... Perceba-se... Aceite-se... Caminhe... Mesmo que demore Chore... Siga... Como à natureza se renova Mesmo que não percebas Há sempre Luz Para os que avistam Com os olhos da alma! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 17/03/2011 Código do texto: T2853007

Aos poetas...

      “Haller é uma animal que vagava por um mundo que para ele era estranho e incompreensível, um animal que não conseguia mais achar a sua casa, sua paixão e o seu alimento (...). Aqueles que não têm um lobo dentro de si, não são por essa razão mais felizes.” Hermann Hesser (O lobo da estepe). Poetas são Hallers. Estranham o mundo e as sensações incompreensíveis que lhes são oferecidas. Um estranhamento incômodo, que por vezes, causa-lhes dores internas. O simples, que de banal, torna-se complexo. Ou o complexo, que de inatingível, transmuta-se em desejo. Não conseguem reconhecer sua casa, um interior farto de dúvidas, desconhecido, apesar de explorado, que quase sempre os coloca diante de situações indesejadas, imprecisas e incompreensíveis. Vivenciam inúmeras paixões que os conduzem a situações inusitadas, diferentes das verdades e certezas estreitas dos homens. Vagam, ainda que presos às convenções, entre pensamentos e inquietudes descabidas e secretas, que poderiam

Transgredindo com sabedoria

Entre estações e ilusões permitimos que nossas transgressões fiquem encobertas. Nem seriam violações se as tratássemos como deslizes necessários à nossa evolução. Temos momentos de dúvidas, dores e mágoas. Importa mesmo que esses momentos, tão nossos, se tornem realmente nossos e não transformem as vidas dos que nos rodeiam em martírio. Introduzir culpas em outras pessoas que apenas a nós nos cabem, calarmos quando, poderíamos com sabedoria, dizer o que nos aflige. Agredir espontaneamente e sem nenhum motivo, é agravar ainda mais o sofrimento, espalhando negatividade e pessimismo sem nenhuma objetividade ou proveito. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 14/03/2011 Código do texto: T2846855

Mulher

Amar sem medida, sintonia fina de mulher que entrega Sonega sua própria alma, entrega-se a lida Vê-se perdida em desejos que não são teus. Tua desdita é perceber com o tempo Que não há uma trajetória sem lamento O que se confere é a vida, os sonhos, pensamentos. Aspirações perdidas nos anseios alheios Segmentadas e veladas Submersas e esquecidas Entrega sutil e delicada Onde quase o que se aspira é o nada. Descobrir-se mulher Confiando cegamente sua sina É fado desleal e traiçoeiro Traição infringida por si mesmo Transgressão alienada, perda a ermo. Mais forte é vier intensamente O que te cobra à vida interiormente! Paz, alegria, sem sanções! Desejos que cobertos de razões Precisam ser vividos densamente Nos cálidos e ardentes corações Minam sentimentos e emoções Florindo-se desertos antes áridos A força da mulher Os deixam pálidos! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 07/03/2011 Código do texto: T2834066

Carnaval

Do colorido e exuberância da fantasia que reluz A alta melodia que traduz lembranças e histórias Vagam nas avenidas, almas que se tomam de ilusões Tão passageiras e rápidas como a velocidade da luz Iluminando a passarela de sonhos “Infinitos enquanto durem” Caminham... Sambam... Dançam como podem! Três dias infinitamente dedicados a sorrisos Embriagados por alucinações e alegrias Tão efêmeras e provisórias Quase necessárias... Para que a dor adormecida Seja esquecida temporariamente! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 06/03/2011 Código do texto: T2832070

Subversão feminina

Manhã calma, frio e úmido frio que envolve a pele, não sem viço, mas, já definida pelas marcas do tempo. Alma de muitos sonhos, nem todos foram... Mas, sobrevivem, embora submersos as ofuscadas névoas, perdidas... Estrada afora. O caminhar tornou-se tão seguro que a ponderação sobressai à voluntariosa vontade de viver. Houve um tempo em que era mais fácil sentir e tudo o que se queria era ser feliz enquanto durasse... Do pouco de se ter, do muito de se Ser! Houve um tempo em que a entrega era absoluta... Corpo, alma, sentimentos! Tempo de raciocínio uno, família, trabalho, casa... mulher! Houve um tempo que parecia que a confiança era a opção absoluta, esquecendo-se para viver pelo e para o outro. Engano... Sempre que se vive sem viver-se... A Luz que antes iluminava o caminho torna-se somente foco. O brilho e o esplendor, esses são roubados sutilmente... Dá-se o equívoco pensando-se ser apropriada a entrega absoluta. Acordar demanda dor, certa agonia que se instaura repelindo o que