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Mostrando postagens de 2012

Simples

  Ouça, Não me console Não quero palavras. Quero suas mãos em meus cabelos. O cheiro do teu corpo. A lágrima que se mistura a minha. Quero seus braços me envolvendo. Segurança que acolhe e cuida. Sem piedade, Lamentos ou lembranças Do que poderia ter sido... Quero você! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Amanhecer

Absorvo o necessário de todas as possibilidades oferecidas pelas circunstâncias. Sou mar bravio que impulsionado pelos ventos desestabiliza e modifica paisagens. Sou serenidade reversa as atribulações que se impõem enquanto caminho. Não há o que me assombre enquanto o amor me sustente. Minha alma silencia enquanto penso, subtraindo farpas ocasionalmente instaladas. Incômodas situações temporárias que conduzem a aprendizado seguro. Amanhece... Possibilidades instalam-se a cada segundo de vida. Passado comprido e cumprido... Lembranças vivenciadas, possíveis certezas que variam ao amadurecer. Algo de novo estabelece inconstantes pensamentos. Renovam-se atitudes antes rejeitadas por reflexões invariáveis. Há alma... Inquieta, descoberta, fendida e sonhadora. Fonte de vida renovável Contraditória e incompatível Desvia-se de predestinações e destinos. Construção indefinida, projeto indeterminado. Circunstância de vida fluente Impondo-se enquanto Se

Incongruências afetivas

Pensa-se amar... Amor que abriga e afasta Amor que consola e oprime Amor que transparece e esquece Amor que conforta Que apenas recebe Que afaga Que devasta Que incentiva e reprime Amor, desamor Que pouco acrescenta Amor afinidade Que quase nunca invade Amor sem retorno Dispensa adornos Amor de amar Simplesmente... Longe, distante de gente, Que acredita reter eternamente Wanderlucia Welerson Sott Meyer

LEMBRANÇAS

Algumas lembranças tortas passam a incomodar. São tortas porque com o tempo pedem esquecimento e são preenchidas por inferências, distorcidas por desejos. Atitudes tomadas em estado de paixão que parecem não ter acontecido. Palavras proferidas sem nenhum comprometimento, atitudes que geraram chagas cicatrizadas pelo tempo, anseios de porvir que ficaram estacionados, ancorados em algum porto de um mar sem vida. Depois de tanto tempo deveriam ser irrelevantes, contudo, despertadas em sonhos de sonos profundos, começam a remover sentimentos antes assentados pela vida. Despertos, incomodam,trazendo a impressões do que poderiam ter sido, estigmas da alma que se mexem reportando vazios que as escolhas conferiram.

Educação com amor

Os tempos mudaram, a tecnologia avançou, recebemos informações inúmeras até mesmo as que não queremos, contudo, sempre me pergunto se a pretexto de evoluir o ser humano não venha perdendo sua essência, principalmente, no ato de cuidar.  Assusta-me perceber que nossas crianças comecem tão cedo a sentir a ausência de afetividade, carinho e atenção. São conduzidos pela vida como pequenos adultos, repletos de responsabilidades, utilizando desde muito cedo a expressão “falta de tempo” para justificar falhas, que determinarão toda a vida adulta.  Ouvi uma atriz dizendo que agora que se tornara mãe, havia descoberto o milagre da multiplicação do tempo. Tinha que ser mãe, atriz e preocupava-se em manter tudo o que fazia antes de ser mãe. Não abriria mão de sua vida anterior. Fiquei me perguntando, sem julgá-la, que tempo teria para oferecer ao seu filho. Escondemo-nos atrás de obrigações que julgamos necessárias e fundamentais, nos esquecendo de que o ato de cuidar exige levez

Coragem

Controle-se, tempestades passam. Silencie, perceba os sinais da vida. Podem não oferecer as respostas que esperas, mas encontrarás mais do que necessitas. Certamente, pensarás que os caminhos são equívocos. Por vezes, praguejarás e duvidarás da providência dos amigos anônimos que aparam e servem a Deus através de ti. Pensarás estar sozinho e negarás, mais de três vezes, Aquele que por amor entregou-te à vida. Contudo, a paciência Divina  oferece como presente maior a certeza da eternidade, da evolução gradativa , do recomeço. Aguarda servindo. Confia. Mesmo que não compreendas, tudo passa... 

Despertar

Aquele que parecia tão bem entender as estações encontra-se adormecido. Parou de sonhar. Absorve a realidade sem encantar-se pelos pequenos sinais de esperança oferecidos em circunstâncias inusitadas da vida. Há algo de amargo em suas palavras, convulsão de sentimentos atordoados pela descrença.  Procura-se no sussurrar monossílabo de repostas inconclusas o que antes era traduzido em ternura e segurança. Centelha que não se apaga. Resgate necessário de fé. Instalação definitiva e transparente do amor que institui possibilidades .

Amadureceram

O Cravo encontrou a Rosa e, diferente do que nos conta a música popular da infância, nem ele ficou doente, nem ela despedaçou. De tão diferentes, pensaram que juntos seriam apenas um. Ela romântica e prática. Ele sonhador. Foi um verdadeiro caso de paixão. A Rosa buscava os sonhos e o Cravo, segurança. Ambos eram belos, vistosos, cheios de vida. Desejavam construir um futuro juntos apesar das diferenças. O tempo os arrastou em desalinhos. O Cravo acomodou-se, pensando já ter sonhado tudo o que lhe era possível. Perdeu o brilho, fazia exigências, determinava sensações e os sentimentos. A Rosa, por sua vez, já não percebia mais os motivos que a levaram à paixão. Sensibilidade ferida pelos arroubos de seu companheiro, resmungava, perguntando-se o porquê determinara sua existência à tão frágil destino. Com o tempo, o Cravo começou a se interessar por outras flores e a Rosa, quase murcha, resolveu seguir outros caminhos. Em direções opostas prosseguiram. Cada novo encontro determinar

Encantamento

Pretendia observar o mundo, encantando-se pela vida! Era cedo para desistir dos sonhos, sempre é cedo. Abrigava dentro de si incertezas e delas retirava a sustentação para continuar seguindo. Muito ainda seria edificado... Conceitos, vivências doações. Era esse o eixo, a direção. Não mais abstrairia verdades equivocadas ou perderia minutos de vida absorvendo palavras infundadas. Verteria o amor, a alegria e a sensibilidade de oferecer-se integralmente, sem preocupar-se com o retorno, restituindo ao universo as dádivas que até então recebera. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Amor

É falta... Anseio do que não se vê. Abstração de um desejo comum Simples, sem preço. Percepção sem forma Sensação urgente Universo doente Por não saber amar! Não se substitui a essência Não se subtrai a ausência Desorienta-se Busca implacável do que deveria ser inato Conceitos distorcidos Sentimentos corrompidos Vazios... Desvarios... Amar de amor para sempre! Fruto, raiz, tronco e semente... Naturalmente!