Moderna...idade...
Já não se ouve o pássaro, não se respira o verde Pessoas que apressadas passam, sem nada ver, tomam seus caminhos Poucos ouviram... Poucos sentiram... Submersos que estavam nos problemas sombrios Pensamentos ocultos, abrigados de si mesmo. Sinto-me um ponto na multidão aturdida Falta-me o calor humano, nem mesmo o Sol aquece a alma. Queixas de solidão, depressão instalada em nome da modernidade! Quando se quer sentir, pouco se dispõe a doar... Olham-se... Nada vêem! Nem dor, nem medo Instintos egoístas sobrepondo-se ao abraço. Ao olhar, ao toque... Coletividade individualizada. Violência aterrorizante, cotidiana, aceita... Discursos humanitários sufocados pelo desejo de Ter Grito da alma! Simples... Complexidade da dor. Ânsia de solidariedade esquecida... Doença instaurada no medo Maiores e populosas cidades... Vigência de solidão instalada no estar sem ser. No buscar sem saber, no querer e perder. Chorar só... Lamentar somente... Sem que percebas o tempo, morres prematuramente Ausentando-se do imprescindível Dissimulada crueldade em nome de verdades hipócritas Onde ter é ser aceito, Ser é utopia! Amar é fantasia de lunáticos como eu. Ainda crêem na vida... Ser ponto! Ser Luz! |
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer |
Publicado no Recanto das Letras em 20/11/2010 Código do texto: T2627014 |
Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!
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