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Mostrando postagens de junho, 2011

Amor e liberdade

AMOR E LIBERDADE Quando você chegar,  Venha lentamente Como quem quer tudo.  Saiba ser...  Deixe-me ser... Ande por si mesmo Deixe-me trilhar os caminhos que escolher,  Embora, não queira ficar sem você. Fale-me do que pensa  Do que sentes Deixe-me expressar  O que transborda em meu ser. Chore, quando for preciso. Reclame, se não te der abrigo. Faça-se minha inspiração  Ajude-me a edificar o nosso amor  Liberdade e paz... Sorria...  Isso nos fará mais fortes. E... Quando você se for,  Se um dia precisar partir... Se eu chorar,  Perdoe-me... Não chorarei a perda,  São apenas lágrimas... Felicidade de ter te encontrado. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Reminiscências inconclusas

REMINISCÊNCIAS INCONCLUSAS As ondas ensinam-me a continuidade Idas e vindas intermináveis Todas diferentes e instáveis. Sei da vida o que ela mesma me ensinou E somente o que desejei aprender Há ensinamentos reservados Outros descartados Outros ainda... Permiti que de fossem levados De nada me serviram... Todas as lembranças Pedaços de equívocos Vistos através de olhos tolos. Digeridos por um espírito eterno. Traumas são verdades Ocultas de nós mesmos. Ficam como fantasmas Não as apreendemos. Fatos que fixados são indigestos Precisam ser relegados. Empregaria inúmeras reticências Ao falar daqueles que marcaram. Reticências... Servem-nos para dizer o não dito Revelar nas entrelinhas O que não ousamos dizer Não suportamos saber Não desejamos admitir. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 26/06/2011 Código do texto: T3058754

Libertação

Libertação Ser sensibilidade Sem perder-se em falácias Certezas que não existem Descasos que persistem Dúvidas ocasionadas Verdades que nos são nada Auto proteger-se de malogros De mentiras Não permitir-se envolver No que lhe subtrai o Ser Em essência... Não ater-se as aparências Dar de si o necessário Se imperativo for Dispensável é negar-se O direito de Ser feliz Mesmo que seja arbitrário Constitua-se o teu próprio juiz. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 26/06/2011 Código do texto: T3058378

Medidas de amor

  Medidas de amor Na medida em que os sonhos se perdem e as desilusões aumentam, vamos criando escudos e couraças que nos permitem enfrentar a interminável batalha evolutiva, sem nos abater. Envergadura de fé que se adquire através da Palavra. Das preces que, quando sinceras, elevam-se ao Criador, e que são alicerces de renovação. Dos sinais que, mesmo encobertos por lágrimas, podem ser sentidos e traduzidos em esperança. Na medida em que as dores são transferidas, transformadas e transmutadas em desejos de vida, sublimamos e consentimos a transfiguração de nossa existência... Transição necessária à evolução do Ser! Não sem tribulação, sem pranto... Sem a dilaceração interna que se experimenta quando o que sangra é a alma. Na medida do Amor, na medida de Amar sob a medida de Amar-se. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 22/06/2011 Código do texto: T3050709

Sinônimo de fé

Fé não se mensura, é o que sente quando o que sobram são lágrimas e a vida nos prova através da dor. Quem se acredita distante de perturbações apenas passeia pela vida, muitas vezes desconhecendo aos outros e a si mesmo. Só quem aplica com intensidade o dom da Vida sabe o quanto é magnífico o sentimento que nos sustenta e que nos auxilia a iluminar a esperança. Ouvi de uma pessoa que minha fé assombra... O que me realmente me assombra é o medo, a desilusão, o desengano. Ter fé é uma questão de sobrevivência em uma atmosfera tão impregnada de violência e desamor. É perceber além dos vidros embasados das janelas da alma que existem possibilidades de reconstrução, que tudo é recomeço, que evoluir é um processo que a natureza ensina silenciosamente, sabedoria de recriação. Não me importam mesmo quantas dores, quantas revezes, quantas lágrimas... Nada será capaz de me destituir a serenidade. Sei que tempestades passam, assim como já aprendi com a sabedoria popular que nos vale mais o te

Amor terno e eterno

Amor terno e eterno Deveríamos namorar eternamente, sem o compromisso estreito do cotidiano. Traduzir nos olhos o amor que sentimos; nos gestos, a alegria de estar ao lado. Cuidando carinhosamente do outro, como se fôssemos plantas em eterno estágio de germinação.  Depois    de um tempo de convivência, a intimidade nos afasta. Tão contraditório dizer isso! Como depois de conhecermos e sermos conhecidos pela pessoa com a qual vivemos e convivemos diariamente, poderíamos nos sentir tão distantes? Há muitas justificativas para isso, o tempo, o dinheiro ou a falta dele, o hábito e, a pessoa que está ao seu lado deixa de ser aquela que um dia lhe despertava instintos e desejos. Tornam-se amigos... isso, quando conseguem se tornar amigos, porque há casos em que o ódio, o desrespeito e a opressão, passam a falar mais alto que o amor. Deveríamos nos apaixonar diariamente, como naquele primeiro dia em que os olhos se entorpecem, o coração dispara, o abraço traduz o desejo de se transformar em

Conto amoroso cotidiano

Conto amoroso cotidiano Ele proferiu que a queria e de tão só, desejando amar, ela se compôs de alegria, permitindo-se sentir. Era tarde... Não tão tarde como pensava ser. Afinal, a natureza ensina que o entardecer é promessa de novo dia, certeza de amanhecer. Ele confessou seu sonho, aspiração antiga de ser amado. Ela, entregue a uma carência definida que a consumia, pôs-se a vislumbrar histórias adormecidas. Ou seriam Estórias, dessas que não se encaixam com a realidade, escondendo-se na fantasias dos amantes, não desavisados, no entanto, desatentos. Ele lhe afirmou que a amava... Ouvir tal melodia é como fertilizar plantas sem viço. A falta conduz à morte, o excesso entorpece, permitindo que o “vegetal” ofereça o melhor de si, extirpando toda sua força e beleza e, esgotado de tanto servir, encerre sua vida brevemente. Ela se esqueceu dos dardos antigos que ainda lhe causavam dores. Resplandeceu! Entrega absoluta de si, perdeu-se no outro. Ouvia que a espera, mesmo

Medo

Medo de ser De ter e reter De querer e se perder Medo de esquecer De sonhar sem realizar De estar sem desejar De inquirir com o olhar Medo de se encontrar De fato ou imaginário Real ou simples cenário Medo da entrega... Cega! De não mais ter ilusão De provocar emoção Medo da remoção De passados submersos Medo dos insucessos De fracassos tão diversos Medo da solidão Por vezes, tão necessária... Medo de ter desejos De ter uma vida precária Medo de se esquecer De não se saber De não perceber Quem realmente se é! Medo que sempre invade Desde as remotas moradas Medo do que não se sabe Medo da entrega esperada Temo já não ter medo Já que com ele convivo Se não se sente medo Vaga-se livre... Perdido! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 11/06/2011 Código do texto: T3027856

Pensamentos dispersos

Tempo frio, Umidade sonora que transparece toda a lucidez aparente Ser humano em construção frequente Ilude-se que se pensa ausente Dessa difusão ardente de ideias consequentes Incertezas... Todas as palavras que se põem à mesa Vão com o vento, suspiram improváveis dúvidas Soam como lamentos imaginários, desconexos Discordantes e perplexos Pensamentos... Esses , não se importam com o tempo Seguem... Não sob forma de harmônico lamento Resultado de discernimentos Pretensão de coerência, Segmento ... Retalhos coloridos que se dispersam Contratempos... Ilusória sensação de sensatez Só pensamentos... Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 01/06/2011 Código do texto: T3007036