Se existissem palavras, descobririas os clamores de uma alma
que sempre lhe rogou afeto. Não criarias mundos paralelos, nem negligenciarias
o fato de reter sem possuir.
Se existissem palavras, seriam resignificadas pela brandura
de um coração cansado que sempre desejou o mínimo, almejou o simples,
entregou-se por inteiro.
Se existissem palavras...
Existem...
No entanto, acostumaram-se ao silêncio. Esconderam-se... Sufocando
desejos, ideias e vontades.
Preservou-se a essência e, dos olhos nunca omissos, ainda
observa-se o parco brilho, Luz intensa reduzida à ínfima chispa luminosa que,
embora sufocada por palavras nunca ditas, cisma em brilhar.
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