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Isso também passa...

Isso também passa...

Aprendi com a vida que as águas podem ser turbulentas, a brisa pode transforma-se em furacão, o fogo que aquece pode destruir. Aprendi que quando pensamos encontrar a estabilidade, sofremos abalos para que nosso orgulho não seja a nossa maior virtude. Aprendi que, vez ou outra, é a tristeza quem bate à porta e, muitas das vezes, como persona não grata, demora demasiadamente a partir. Aprendi que lágrimas podem lubrificar os olhos, dores podem nos servir de aprendizado, momentos de aflição e medo são tão comuns e até maiores que as alegrias, porque são neles que nos voltamos a Deus. Aprendi que a fé é o que nos sobra quando tudo mais nos falta, que a solidão, por vezes, inevitável, também é necessária. Que companheiros são muitos, mas, que amigos, aqueles que nos oferecem a mão e o coração para caminhar ao nosso lado, quando nos encontramos no mais profundo abismo são tão raros, que não somente devem ser “guardados do lado esquerdo do peito”, como também precisam ser valorizados eternamente. Aprendi que não basta orar quando tudo parece ruir, reerguer é uma questão de atitude, tão nossa quanto à vontade Divina de reconstrução. A fé verdadeira remove montanhas, não aguarda eternamente a intervenção do que quer seja para empreender novos caminhos. Aprendi que Jesus, na mais pura e verdadeira doação de amor, ensinou-nos que todo caminho árduo é sinônimo de redenção. Aprendi... Apreendi... E senti que “isso” também passa... O que realmente permanece é a fé raciocinada, tranquila e verdadeira que sustenta, ampara e mantém aquele que crê.
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer
Enviado por Wanderlúcia Welerson Sott Meyer em 01/08/2011
Código do texto: T3132593

Comentários

Gratidão

Certezas de Amor

Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!

Amor maduro

Será preciso tempo para regenerar as lesões provocadas pelo desvario dos sentimentos. Não é possível afirmar se era amor de fato. Serviu como alento enquanto próximo estava. Agora, que apreende e absorve palavras proferidas sem nenhum compromisso estreito com a verdade, analisando frases soltas e atitudes contraditórias, percebe-se claramente a ineficiência das palavras que não condizem com a verdade. Realidade tão intensa quanto a fugacidade dos anseios de porvir. Confia cegamente na maturidade que se adquire, grata pelo aprendizado rápido e eficaz de que o amor, de fato, só existe nos atropelos da convivência, no encontro dos desajustes, no sentir mesmo nas turbulências, na expressão de respeito pelo que se é. Constância inconstante de emoções indefinidas e necessárias. Amadurecimento vagaroso determinado por momentos de desordem interna e externa. Cumplicidade que se expressa apesar dos enigmas e contradições de seres opostos que jamais se completam, apenas evoluem entre possív

Caminhos dicotômicos

Não lhe diria verdades, nunca as conheci. Tampouco desfecharia os inúmeros sonhos inconclusos que permaneceram latentes enquanto pensávamos estar no caminho. Nunca saberíamos se as estradas que escolhemos e as trajetórias que fizemos foram realmente escolhas. De fato, pouco valeria lastimar e fazer conjecturas. Basta-me a realidade detectada pela pupila dos olhos teus e meus, sentida na pele como distante toque etéreo. Adormecida, enquanto em vigília presumes e anseias o que jamais viverás. Reformulas vontades, despertando sorrisos que se encontram longe de ser o que desejas. Não seria lamento, apenas dúvida, suspeita de equívocos... Desconfiança de que, se os caminhos não fossem bifurcados e dicotômicos, se os desejos não fossem imaturos, ainda estarias ao meu lado. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer