O Cravo encontrou a Rosa e,
diferente do que nos conta a música popular da infância, nem ele ficou doente,
nem ela despedaçou. De tão diferentes, pensaram que juntos seriam apenas um. Ela
romântica e prática. Ele sonhador. Foi um verdadeiro caso de paixão. A Rosa buscava
os sonhos e o Cravo, segurança. Ambos eram belos, vistosos, cheios de vida. Desejavam
construir um futuro juntos apesar das diferenças. O tempo os arrastou em desalinhos.
O Cravo acomodou-se, pensando já ter sonhado tudo o que lhe era possível.
Perdeu o brilho, fazia exigências, determinava sensações e os sentimentos. A
Rosa, por sua vez, já não percebia mais os motivos que a levaram à paixão.
Sensibilidade ferida pelos arroubos de seu companheiro, resmungava, perguntando-se
o porquê determinara sua existência à tão frágil destino. Com o tempo, o Cravo
começou a se interessar por outras flores e a Rosa, quase murcha, resolveu
seguir outros caminhos. Em direções opostas prosseguiram. Cada novo encontro
determinaria o vazio e a busca. Até que um dia, reencontraram-se. Havia no
olhar de ambos o mesmo encanto. No entanto, os sentimentos lapidados pela
maturidade, possibilitaram o redescobrimento. A Rosa e o Cravo admiraram-se ternamente,
compreendendo que o amor exige construção, serenidade e paciência. Esperar que
o outro seja o que desejamos é pura perda de tempo. Relacionamentos são
construções diárias, amadurecimento mútuo.
Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!
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