Aqui
me encontro buscando formular metas para mais um ano de vida. Não precisam ser
grandes e ambiciosas, nem extremamente idealistas e utópicas, numerosas e
desmedidas, mas, devem ser minhas. No esforço de investir em sonhos, desejos e
prioridades, estabeleço no papel anseios e aspirações de vida plena. Não me
disponho a pensar no que deixei de fazer, se cumpri tudo o que me propus, quanta
energia investi, basta constatar que nada foi em vão e, se nem todas as metas
do ano que passou (e ainda passa, porque ainda faltam dias de vida para o
término) foram realizadas, não fiquei estacionada esperando da vida milagres sem
nada fazer. Dentro das possibilidades oferecidas reformulei conceitos,
redirecionei caminhos, fiz opções e, mesmo que tenha cometido equívocos os
incorporei às experiências que edificam. Chorei muito, mudanças possibilitaram-me
reflexões e recomeço. Imaginamo-nos senhores do destino e, em momentos
inesperados nos deparamos com situações imprevisíveis, destinadas ao exercício
da paciência e da fé. Confesso que por vezes perguntei a Deus, Senhor da Vida,
os motivos de tantas turbulências, recebendo como resposta à necessidade do
silêncio interior que me proporcionava à reflexão de que nada seria ao acaso e,
que, portanto, caberia a mim à continuidade da jornada, à opção pela esperança.
Procurei os sinais da vida, os sinais de vida e, os encontrei nas pessoas que
me dispus a auxiliar, no amor incondicional que oferecia e recebia de meus
filhos, nos familiares e amigos que tornaram o caminho menos difícil. Abri as
janelas da alma para perceber que era preciso florescer mesmo nas adversidades
e ouvi um dos meus filhos, em prece, agradecendo a Deus o necessário à
sobrevivência. Essas palavras ecoaram como melodia suave, bálsamo de luz e,
comecei a entender que a felicidade é possível mesmo que as dores existam. Basta
percebê-la na sutileza dos momentos que sorrimos para a vida, entendendo que se
buscamos a paz, temos que redescobrir o sentindo de Ser em essência. Naturalidade,
simplicidade, metas possíveis. Penso que é somente isso e, tudo isso que
buscarei para o ano que virá. Sinto-me mais leve, aliviada, sem o peso do “muito”
e, percebo que a Paz tão desejada chega aos poucos, à medida que o coração se
fortalece. Carma, em sânscrito,
significa “ação” e, agir a favor de si mesmo e da vida é empreitada nossa.
Ninguém pode fazer por nós o que nos cabe. Assim, encontrando forças internas
que ainda desconheço, sigo... Renovando-me e acreditando que se dias melhores
ainda estão por vir, é minha atribuição valorizar as oportunidades e possibilidades
que essa existência proporciona, confiando que a felicidade sempre estará no
exato lugar que a depositar.
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer
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