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Direito à diferença

A vida pede mudanças, todos os dias a natureza se transforma e, aprendemos que a renovação é necessária, contudo, existem alguns conceitos que precisam ser preservados para que o Ser consiga harmonizar-se com o meio em que vive.
Vivenciamos uma época de mudanças de paradigmas, rupturas... precisamos nos prevenir das atitudes impensadas, dos conceitos deturpados, do incentivo à correria dos dias e, o pouquíssimo tempo que nos dispomos a pensar.
Isso tem se apresentado no consumo desenfreado, nas atitudes de violência aceitas com naturalidade, nos conceitos de dignidade e honestidade observados como algo sobre-humano, nas delações premiadas que aceitamos e transformamos réus em heróis, nas opiniões que não se formam por conhecimento do processo Histórico, da influência absurda da mídia, hoje, muito mais próxima e disponível, que modela opiniões e aliena. Tenho medo que a geração vindoura perca a vontade de ser Agente, de ser crítico, de não acreditar que à condição humana exige que o Ser raciocine, seja autônomo e, ainda assim, pertença e atue em um grupo, comunidade, país... Com o desejo de ser coletivo.
A corrupção no Brasil vem de longa data, antes sobrevivia pela conveniência, pelo acordo de “cavalheiros”, pelo desejo de favorecimento próprio, pela impunidade. Na escola, quando algum colega denuncia o outro, educadores conversam e ensinam que os dois lados precisam pensar: um porque transgrediu regras...  outro, porque apontou o erro; um precisa ser corrigido, orientado... o outro, precisa centrar-se na observação minuciosa de suas próprias atitudes, não existe “delação premiada”.


Desejamos a liberdade de expressão, o respeito às diferenças... mas, vivemos em uma época onde o pensar diferente, se tornou crime. Em momentos de crise, em um regime “democrático”, temos o direito e o dever de refletir. E que as diferenças se sobreponham aos achismos, autoritarismos e a leviandades!

Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Comentários

Gratidão

Certezas de Amor

Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!

Amor maduro

Será preciso tempo para regenerar as lesões provocadas pelo desvario dos sentimentos. Não é possível afirmar se era amor de fato. Serviu como alento enquanto próximo estava. Agora, que apreende e absorve palavras proferidas sem nenhum compromisso estreito com a verdade, analisando frases soltas e atitudes contraditórias, percebe-se claramente a ineficiência das palavras que não condizem com a verdade. Realidade tão intensa quanto a fugacidade dos anseios de porvir. Confia cegamente na maturidade que se adquire, grata pelo aprendizado rápido e eficaz de que o amor, de fato, só existe nos atropelos da convivência, no encontro dos desajustes, no sentir mesmo nas turbulências, na expressão de respeito pelo que se é. Constância inconstante de emoções indefinidas e necessárias. Amadurecimento vagaroso determinado por momentos de desordem interna e externa. Cumplicidade que se expressa apesar dos enigmas e contradições de seres opostos que jamais se completam, apenas evoluem entre possív

Caminhos dicotômicos

Não lhe diria verdades, nunca as conheci. Tampouco desfecharia os inúmeros sonhos inconclusos que permaneceram latentes enquanto pensávamos estar no caminho. Nunca saberíamos se as estradas que escolhemos e as trajetórias que fizemos foram realmente escolhas. De fato, pouco valeria lastimar e fazer conjecturas. Basta-me a realidade detectada pela pupila dos olhos teus e meus, sentida na pele como distante toque etéreo. Adormecida, enquanto em vigília presumes e anseias o que jamais viverás. Reformulas vontades, despertando sorrisos que se encontram longe de ser o que desejas. Não seria lamento, apenas dúvida, suspeita de equívocos... Desconfiança de que, se os caminhos não fossem bifurcados e dicotômicos, se os desejos não fossem imaturos, ainda estarias ao meu lado. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer