Fui contar estrelas, hábito antigo que adquiri na infância,
buscando no infinito, palavras de alento que pudessem descrever meus
sentimentos. Observei as que meus olhos alcançaram e me perdi concentrada nas
dúvidas que assolam. São minhas e múltiplas, tão incontáveis quanto às estrelas
que vejo. Fiquei imaginando que cada uma delas correspondia às pessoas que
encontrei nesta existência. As que partiram... As que nunca chegaram a ser...
as que marcaram pelos sorrisos e as que só lágrimas trouxeram. A constelação
correspondia ao conjunto de sentimentos diversos que naquele momento nutria.
Algumas grandes, brilhantes e definitivas; outras ofuscadas, pequeninas e
esquecidas. Todas em um contexto harmônico definido pela inconstância de luzes elusivas.
Simetria complexa de vida onde cada um ocupa o lugar que lhe cabe. Sábio silêncio
iluminado que neste momento transborda serenidade e paz. Certeza de
pertencimento, estamos onde podemos florescer. E as dúvidas que ainda
permaneciam, pareciam menores, menos densas. Sabe-se da espera que pode ser
breve, espera-se não ser longa. Destino para todo sempre inconcluso... Eternidade,
eterna idade!
Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!
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