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Perdoe-me


Perdoe-me 
Traduza por favor o que atormenta, A perda ou o não saber o que fazer agora? Alguém me responda, Se é que respostas existem, Quando acabará essa dor? Já não dá mais para tirar conclusões apressadas, Parece que a vida interrompeu-se Parou a beira de um enorme precipício Agora só existem dúvidas! Perdoe-me... Não é falta de fé. É cansaço! Não é descrença. É medo! Não é que eu não saiba mais o que desejo. Não consigo me erguer para seguir! Perdoe-me, Não deixei a luta Nem pretendo fazê-lo! Só estou esgotada... Permita-me descansar em seu colo amigo! A chorar todas as lágrimas Sem ser consultada pelos porquês que não auxiliam A viver o meu silêncio E do silêncio, ouvir de sua boca, Sem proferir uma só palavra... Estou com você! Confie em mim! Estarei ao seu lado, Não mais para lhe sugar as forças Mas, para traduzir seus anseios Afagar seus cabelos Enxugar suas lágrimas Entender seu pranto! Sentindo-me acolhida Nos braços que não apenas me desejam, Mas, me abrigam. Me perdoe... Sei que erro em ter esperanças Cabe a cada um Oferecer o que lhe é essência!
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer
Publicado no Recanto das Letras em 15/04/2010 Código do texto: T2198518

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Gratidão

Certezas de Amor

Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!

Amor maduro

Será preciso tempo para regenerar as lesões provocadas pelo desvario dos sentimentos. Não é possível afirmar se era amor de fato. Serviu como alento enquanto próximo estava. Agora, que apreende e absorve palavras proferidas sem nenhum compromisso estreito com a verdade, analisando frases soltas e atitudes contraditórias, percebe-se claramente a ineficiência das palavras que não condizem com a verdade. Realidade tão intensa quanto a fugacidade dos anseios de porvir. Confia cegamente na maturidade que se adquire, grata pelo aprendizado rápido e eficaz de que o amor, de fato, só existe nos atropelos da convivência, no encontro dos desajustes, no sentir mesmo nas turbulências, na expressão de respeito pelo que se é. Constância inconstante de emoções indefinidas e necessárias. Amadurecimento vagaroso determinado por momentos de desordem interna e externa. Cumplicidade que se expressa apesar dos enigmas e contradições de seres opostos que jamais se completam, apenas evoluem entre possív

Caminhos dicotômicos

Não lhe diria verdades, nunca as conheci. Tampouco desfecharia os inúmeros sonhos inconclusos que permaneceram latentes enquanto pensávamos estar no caminho. Nunca saberíamos se as estradas que escolhemos e as trajetórias que fizemos foram realmente escolhas. De fato, pouco valeria lastimar e fazer conjecturas. Basta-me a realidade detectada pela pupila dos olhos teus e meus, sentida na pele como distante toque etéreo. Adormecida, enquanto em vigília presumes e anseias o que jamais viverás. Reformulas vontades, despertando sorrisos que se encontram longe de ser o que desejas. Não seria lamento, apenas dúvida, suspeita de equívocos... Desconfiança de que, se os caminhos não fossem bifurcados e dicotômicos, se os desejos não fossem imaturos, ainda estarias ao meu lado. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer