Há dias arrisca-se a traduzir o
que sente. Não há palavras, nem escritas... nem faladas, somente pensamentos
distantes e uma sensação de amortecimento da alma. Incomoda-se ao perceber que
o que antes lhe era essencial, tornou-se insignificante; que os sentimentos
adormeceram e que não se consegue encontrar o eixo, o motivo que desperte
aquele desejo incontrolável de busca. Situação morna resultante de inúmeros
desencontros, de frases não ditas, de anseios arquivados, de costumes
indevidos. Aquele encanto por caminhos desconhecidos, o sorriso aleatório e o
olhar transgressor foram substituídos por um longo silêncio sem nenhuma
veemência... Busca-se não parar, não pensar, não remexer o que foi devidamente
legado ao passado. Negação intermitente de imperativos que jamais se cumprirão.
Demandas que se retomadas provocariam oscilações internas e externas. Há
processos pessoais de construção histórica que necessitam de temperança,
prudência em relação às escolhas, abnegação para que o contexto coletivo se
harmonize.
Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!
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