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Desabafo de um coração liberto.

Faz o seguinte...
Lembra daquelas frases que nos falamos como se fôssemos apenas um?E das declarações de amor que escrevestes pra mim, que soavam como bálsamo em meus ouvidos? Daqueles momentos que dizíamos ficarem eternizados em nossas memórias?
E das vontades que te fiz enquanto suprimia o que era meu?
Pois é...
Pegue tudo isso e transforme em vida já que me fizeste descer à realidade sem nenhuma compaixão.
Entregue ao silêncio as palavras que dizias ou mesmo a outro alguém que ainda acredite em amor eterno. Sem mágoa, ressentimento ou amargura, ensinaste-me a lhe ver como exatamente és e, isso já não me dói tanto porque, modestamente, sinto-me mais humana que você.
A lembrança dos momentos felizes transforme em fantasia, ou pelo menos pense que não existiu, afinal, o que são momentos pra quem sonhava te oferecer a vida. Sonhava... por que já não há em mim nenhum traço de ilusão em relação a nós.
Na verdade nunca houve “nós”, fui eu quem me fiz uma aos seus desejos e sonhos, esquecendo-me que o amor só é possível quando somos um, sem sentir a identidade perdida.
Pegue o que restou e enterre junto com as esperanças que tive ao conhecê-lo.
Não me importa mais a sua presença a não ser pra lhe dizer o quanto mal você me fez...
Mal? Não. Fizeste-me bem... Consigo sobreviver e submergir das cinzas!
E se lhe interessa... Saiba que amarei de novo e que quando amar, já não haverá as ilusões de outrora, mas meus sentimentos estarão mais fortes, densos e propensos a entrega absoluta.
E se me vires sorrindo... não lamente... Oportunidades são únicas e se não sabemos aproveitá-las, corremos o risco de perdê-las. É bem possível que ninguém tenha perdido... Você aprenderá que o sentimento é a expressão da alma e que quando machucamos alguém por pura vaidade e egoísmo, estamos nos comprometendo a deixar ir o que poderia ser o nosso bem mais valioso; e eu, aprenderei que no amor a entrega só deve existir se houver reciprocidade, troca.
Amar sozinho adoece e acreditar em palavras que não condizem com atitudes é não querer enxergar o óbvio.

Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

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Gratidão

Certezas de Amor

Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!

Amor maduro

Será preciso tempo para regenerar as lesões provocadas pelo desvario dos sentimentos. Não é possível afirmar se era amor de fato. Serviu como alento enquanto próximo estava. Agora, que apreende e absorve palavras proferidas sem nenhum compromisso estreito com a verdade, analisando frases soltas e atitudes contraditórias, percebe-se claramente a ineficiência das palavras que não condizem com a verdade. Realidade tão intensa quanto a fugacidade dos anseios de porvir. Confia cegamente na maturidade que se adquire, grata pelo aprendizado rápido e eficaz de que o amor, de fato, só existe nos atropelos da convivência, no encontro dos desajustes, no sentir mesmo nas turbulências, na expressão de respeito pelo que se é. Constância inconstante de emoções indefinidas e necessárias. Amadurecimento vagaroso determinado por momentos de desordem interna e externa. Cumplicidade que se expressa apesar dos enigmas e contradições de seres opostos que jamais se completam, apenas evoluem entre possív

Caminhos dicotômicos

Não lhe diria verdades, nunca as conheci. Tampouco desfecharia os inúmeros sonhos inconclusos que permaneceram latentes enquanto pensávamos estar no caminho. Nunca saberíamos se as estradas que escolhemos e as trajetórias que fizemos foram realmente escolhas. De fato, pouco valeria lastimar e fazer conjecturas. Basta-me a realidade detectada pela pupila dos olhos teus e meus, sentida na pele como distante toque etéreo. Adormecida, enquanto em vigília presumes e anseias o que jamais viverás. Reformulas vontades, despertando sorrisos que se encontram longe de ser o que desejas. Não seria lamento, apenas dúvida, suspeita de equívocos... Desconfiança de que, se os caminhos não fossem bifurcados e dicotômicos, se os desejos não fossem imaturos, ainda estarias ao meu lado. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer