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Por bons dias

Se a caneta não lhe serve como forma de expressão, há algo errado com os contornos de sua alma que não mais percebe a extensão das entrelinhas. Oculta, resguarda resmungos, contradições e desejos. Em que ponto perdeste a fantasia? Em que esquina depositaste a esperança? E os devaneios de amor? Aqueles que alimentavas com simplicidade e desvelo. São incógnitas, dúvidas desarticuladas que não encontram nexo, que se estendem e arrocham os pensamentos. Mais interrompem do que buscam. Sintomas de maturidade ou devaneios de um coração que se recusa a sonhar. Pesados questionamentos que arrastam as fantasias. Do que se deve, ao que se pensa querer; do que se vive ou pretende-se viver. Pontos de ebulição prestes a explodirem Se a caneta não se presta a escrita, o teclado não lhe atrai, silencie. Observe o que não lhe serve, desocupe espaços , deposite o que não lhe cabe, o que lhe sobrecarrega à beira da estrada. Esforço empreendido para mais leve prosseguir, conduzindo apenas o lhe pertence.

Comentários

Gratidão

Certezas de Amor

Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!

Amor maduro

Será preciso tempo para regenerar as lesões provocadas pelo desvario dos sentimentos. Não é possível afirmar se era amor de fato. Serviu como alento enquanto próximo estava. Agora, que apreende e absorve palavras proferidas sem nenhum compromisso estreito com a verdade, analisando frases soltas e atitudes contraditórias, percebe-se claramente a ineficiência das palavras que não condizem com a verdade. Realidade tão intensa quanto a fugacidade dos anseios de porvir. Confia cegamente na maturidade que se adquire, grata pelo aprendizado rápido e eficaz de que o amor, de fato, só existe nos atropelos da convivência, no encontro dos desajustes, no sentir mesmo nas turbulências, na expressão de respeito pelo que se é. Constância inconstante de emoções indefinidas e necessárias. Amadurecimento vagaroso determinado por momentos de desordem interna e externa. Cumplicidade que se expressa apesar dos enigmas e contradições de seres opostos que jamais se completam, apenas evoluem entre possív

Caminhos dicotômicos

Não lhe diria verdades, nunca as conheci. Tampouco desfecharia os inúmeros sonhos inconclusos que permaneceram latentes enquanto pensávamos estar no caminho. Nunca saberíamos se as estradas que escolhemos e as trajetórias que fizemos foram realmente escolhas. De fato, pouco valeria lastimar e fazer conjecturas. Basta-me a realidade detectada pela pupila dos olhos teus e meus, sentida na pele como distante toque etéreo. Adormecida, enquanto em vigília presumes e anseias o que jamais viverás. Reformulas vontades, despertando sorrisos que se encontram longe de ser o que desejas. Não seria lamento, apenas dúvida, suspeita de equívocos... Desconfiança de que, se os caminhos não fossem bifurcados e dicotômicos, se os desejos não fossem imaturos, ainda estarias ao meu lado. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer