Sempre digo aos meus alunos que quando levantamos hipóteses,
usamos a palavra provavelmente. Aliás, penso que deveríamos usá-la em todas as
incertas respostas que imaginamos ter.
Quando se trata de morte, que prefiro tratar como
desencarne, porque creio na sobrevivência do espírito, nossas dúvidas são ainda
maiores, as reflexões são muitas e a dor, individual ou coletiva, é certeira.
Não é necessário ter convivido, ser próximo ou ter amado, para que lágrimas
espontâneas molhem a face e a sensação de finitude tome conta dos nossos
pensamentos. O fato é que quando deixamos uma trajetória de luta e nos
comprometemos com a vida, servindo ao mundo e as pessoas, semeando nos corações
daqueles que se espelham em nossas palavras, posturas e pensamentos, deixamos
saudade.
O mundo anda sentindo falta da integridade, da alegria, da
honestidade, da simplicidade e da fé e, quando pessoas que resistem na
aplicabilidade desses sentimentos e comportamentos seguem para o outro plano,
deixam um vazio assombroso nos corações daqueles que de certo modo absorveram
singelas estilhas de suas histórias. Além de nos despertar reflexões: O que
será que estamos semeando? Qual será nosso legado quando partirmos?
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