Silêncio incômodo
Por que me olhas? Por que te calas? Pergunta-me... O que tens medo que lhe diga? Interroga-me sobre as dúvidas que tens. Nunca pedi esse caminho... Nunca desejei que fosse assim... Era tão pouco o que queria E tanto me faltou! Por que não me pedes a verdade? Diria-lhe mesmo que sangrando Preferes não saber Preferes olhar-me Depositando em meu coração Todas as angústias que sentes A defrontar-se com a verdade. Por que não me pedes que lhe diga Nada esconderia Minha alma é liberta Meus pensamentos transbordam Meus olhos refletem Basta que queiras saber... Por que permitistes que eu me fosse. Não percebeu Não quis. Ou a certeza o conduziu ao descaso E agora... Desse olhar, só ressentimento. Mágoa, desconfiança, dor. E tu te calas, Ausenta. Contentando-se com o que ainda pensas possuir. Dores... Lágrimas... E sabes que foste também responsável pelo caminho. Por que te calas? Alivia-me a alma Pedindo-me a verdade! |
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer |
Publicado no Recanto das Letras em 11/08/2010 Código do texto: T2430956 |
Estavas ali, sempre estivestes. Não era matéria palpável Nem ilusão temporária Fazia parte dos dias Desde sempre... Um alento nos momentos de dor Uma esperança de amor Visitava-me nos sonhos Acariciava-me o rosto Registrava-se a presença Partia... Permanecia a sensação do encontro Serenidade pretendida Essência de sentimentos duradouros Suavidade que se sente Tal brisa suave tocando o corpo Indivisível êxtase Emoções desejadas Puras, intensas Tradução apropriada de Amor!
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